Ao longo desta semana, Unidades de Saúde da Família de Palmas (USFs) estão realizando um mutirão de coleta de sangue e secreção nasal ou oral para a realização dos testes de Covid-19 na população da Capital. A estratégia foi adotada porque o número de pessoas com sintomas da doença tem crescido no Município, conforme tem sido apontado nos Boletins Epidemiológicos emitidos diariamente e a demanda por testes se elevou na mesma proporção.
De terça a quinta-feira, 14 a 16, foram feitos 162 agendamentos para a coleta de material na USF da Arse 75, sendo que 139 pessoas compareceram. Na USF Morada do Sol ocorreram 163 agendamentos, dos quais 91 pessoas foram até a unidade. Já na USF da Arno 42, estavam previstas 93 coletas e apenas 50 pacientes compareceram. Neste sábado, 18, são esperadas 400 pessoas previamente agendadas para a coleta nas USFs Eugênio Pinheiro (Jardim Aureny I) e da Arno 61.
A diretora de Vigilância em Saúde, Marta Malheiros, levanta uma preocupação quanto aos pacientes que são agendados e deixam de fazer o exame. "Não basta as unidades de saúde realizarem esse esforço para testar a população. O compromisso no enfrentamento à pandemia deve ser de todos. Quem se ausenta prejudica o fluxo e atrasa a testagem de outras pessoas", reitera.
Apesar do Laboratório Municipal de Palmas ter aumentado a sua capacidade de processamento de exames, realizando uma média de 500 testes por dia, a elevada demanda está sobrecarregando a coleta dos materiais para exame nas USFs. Além disso, o Laboratório Central do Estado (Lacen) diminuiu a quantidade de testes RT-PCR devido a dificuldade de aquisição de insumos para a realização desses exames.
O secretário da Saúde de Palmas, Daniel Borini, reconhece que o desafio para o Município é grande diante do aumento de casos suspeitos e da crescente demanda por testes. "Estamos planejando novas ações para as próximas semanas que vão reforçar as equipes de coleta nas USFs", afirma.
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