A primeira voluntária a receber a vacina contra a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), disse que receber a dose do imunizante é um "momento único e histórico". A vacina, produzida pela Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, chegou nesta segunda-feira (20) em São Paulo.
"Estou contente de participar dessa experiência. É um momento único e histórico. Foi isso que me fez participar desse projeto e fazer parte desse momento. A gente passou por meses tão difíceis. É uma injeção de ânimo poder participar disso e contar para as pessoas no futuro que eu fiz parte disso", afirmou a médica Stefania Teixeira Porto, de 27 anos, que atua no Hospital das Clínicas.
A profissional da saúde recebeu o imunizante na manhã desta terça antes do anúncio oficial dos testes feito pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva.
Depois da vacinação, Stefania passou passou por vários testes e um período de observação no próprio Hospital das Clínicas, centro do estudo clínico. Por causa do desgaste físico, ela cancelou uma entrevista coletiva.
Além da aplicação em Stefania, a primeira dose está sendo aplicada em outros 890 voluntários do Hospital das Clínicas, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Daqui a 14 dias, a segunda dose será aplicada e, durante esse período, os voluntários serão acompanhados por uma equipe especializada.
Ao todo, nove mil voluntários vão receber a vacina em 12 centros de pesquisa. O governo estadual estima que o estudo será concluído em 90 dias. Se os testes forem bem-sucedidos, a vacina pode começar a ser produzida já no início de 2021.
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