A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ), faz uma alerta à população para que adote medidas preventivas contra a malária. O apelo é feito nesta sexta-feira, 06, Dia Internacional da Luta contra a Malária nas Américas.
Técnicos da UVCZ orientam a população para que ao se dirigir a regiões endêmicas do mosquito, como a região amazônica, façam uso de repelentes, roupas claras e que cubram os braços e pernas. Já nos acampamentos próximos às matas e rios é recomendável o uso de protetores conhecidos como mosquiteiros, além de redobrar a atenção nos horários de maior incidência do mosquito, ao amanhecer e no final da tarde.
Para evitar que a doença se propague, a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) realiza, nos casos notificados, uma pesquisa entomológica (do mosquito transmissor) e se confirmada a presença do vetor, os agentes de endemia realizam o controle químico para eliminar o mosquito. Também como forma de prevenção, os técnicos da unidade realizam ações de mobilização, com informações sobre as medidas preventivas. Em função da pandemia, as ações de educação/mobilização estão ocorrendo através das mídias sociais.
Palmas
De acordo com dados da Semus, somente neste ano, cinco pessoas foram diagnosticadas com malária em Palmas, uma delas morreu. Já em 2019, oito casos da doença foram registrados na Capital.
Todos os pacientes contraíram a enfermidade em outros estados, a maioria no estado do Pará. “Os locais mais propícios para se contrair a infecção são áreas das regiões inseridas na região Amazônica”, observa a técnica responsável em Educação em Saúde da UVCZ, Lana Rúbia Rocha de Souza.
A técnica complementa ainda que a malária representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil e em toda América, especialmente na região amazônica, onde se concentra cerca de 99% dos casos. O Tocantins faz parte dessa região, mas é o estado com o menor número de notificações.
Doença
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do tipo Plasmodium, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito prego. “Não é contagiosa e mesmo sendo uma doença grave, quando o diagnóstico é feito rapidamente, os tratamentos à base de antimaláricos são capazes de curar”, explica Lana Souza.
Segundo a UVCZ, a doença tem como principais sintomas febre alta, calafrios, tremores, sudorese (suor excessivo), dores de cabeça recorrentes, náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. “Esses sintomas podem se agravar, levando à prostração, alteração da consciência, convulsões, hemorragias e outras complicações. Se não for tratada a tempo, a malária pode ocasionar até a morte. Não existe vacina disponível para evitar a doença e, por isso, a melhor atitude contra a malária continua sendo a prevenção”, alerta Lana.
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