Para controlar doenças como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) destaca que as ações ocorrem na Capital durante o ano inteiro e elas são intensificadas durante o período chuvoso. Este ano, até o momento, 116 casos de dengue foram notificados na cidade, sendo que, destes, 35 foram confirmados.
Conforme a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ), as visitas são realizadas pelos Agentes de Controle de Endemias (ACE) com o intuito de detectar, remover, eliminar ou tratar possíveis criadouros do mosquito transmissor. “Em conjunto com esse trabalho, os agentes realizam orientações aos moradores sobre como evitar a proliferação do vetor no seu imóvel. Lembramos que as visitas são realizadas tanto em residências como em terrenos baldios, comércios, escolas, igrejas, dentre outros”, completa o gerente da UVCZ, Auriman Cavalvante.
O responsável também explica que além das visitas, a cada 15 dias, os agentes realizam visitas aos pontos estratégicos, como borracharias, pontos de reciclagem, cemitérios, entre outros locais que podem acumular focos do Aedes e se tornar mais favoráveis à proliferação do vetor.
A UVCZ ainda visita aos imóveis para aluguel e vendas administradas por imobiliárias e faz o ingresso forçado (ação que tem amparo jurídico) em imóveis abandonados. As visitas seguem as recomendações sanitárias em decorrência da pandemia da Covid-19, entre elas, o uso de máscaras, álcool 70% e luvas de látex.
A Semus alerta que, para a eficácia no combate ao mosquito, faz-se necessária a participação de toda a população no controle das doenças transmitidas pelo vetor. “Somente com a responsabilização da população para práticas, quanto à manutenção do ambiente domiciliar preservado da infestação do Aedes, será possível controlar a infestação do mosquito", ressalta Cavalcante.
Mosquito
O mosquito Aedes aegypti possui um ciclo de vida de aproximadamente 10 dias que pode ser menor dependendo da temperatura e da quantidade de chuvas. Logo, em 10 dias mais ou menos, ele pode passar por toda a metamorfose natural da sua espécie (ovo, larva, pupa e mosquito adulto) até chegar à fase adulta. Nessa fase é que ele pode dispersar as doenças caso esteja infectado. “Então, a população tem papel crucial para quebrar esse ciclo e evitar a proliferação do vetor, pois quanto maior a infestação do mosquito, mais pessoas doentes teremos”, finaliza o gerente.
Como prevenir?
De acordo com especialistas da Vigilância Epidemiológica, a principal forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo e eliminando os possíveis criadouros (recipientes com água parada). Especial atenção deve ser dada às calhas (que não devem estar obstruídas, pois acumulam água e podem virar criadouro de mosquito), caixas d’água (que devem estar sempre bem fechadas), ralos (devem ter tela) e recipientes como garrafas, potes, vasos de plantas e outros que possam acumular água.
Outras medidas podem ajudar, embora sejam menos importantes que o controle do ambiente: roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo, mas têm ação limitada, pois perdem rapidamente o efeito e eles precisam ser reaplicados várias vezes ao dia. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
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