A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) de Palmas conta atualmente com 24 pacientes em tratamento para tuberculose e dez para Infecção Latente da Tuberculose (ILTB). Neste dia 24 de março, quando é lembrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a Semus informa que o tratamento para a doença é todo ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), disponível na rede básica de saúde do Município.
A enfermeira da Semus, Marli da Silva Pimentel explica que o diagnóstico precoce é de suma importância especialmente neste momento de pandemia da Covid-19. “O novo coronavírus e a tuberculose podem apresentar sintomas respiratórios semelhantes, por isso é importante a investigação da doença”.
O tratamento da doença é realizado em duas fases (fase intensiva e fase de manutenção), que deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Todas as unidades de Palmas estão aptas a fazer o diagnóstico, acompanhamento e tratamento.
Como prevenção à doença, a Secretaria Municipal da Saúde promove campanhas educativas sobre o tema, garante a realização de Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) e faz a busca ativa de casos.
“Além disso, a pasta promove ações que viabilizem o acesso ao diagnóstico das populações mais vulneráveis, especialmente pessoas vivendo com HIV, situação de rua e população privada de liberdade. Junto a isso, também fazemos periodicamente avaliação dos contatos que já foram diagnosticados com a doença”, explica a enfermeira da Semus.
Estimativa
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Há cerca de 8,8 milhões de doentes e 1,1 milhões de mortes por ano no mundo.
O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.
Doença
A enfermeira ressalta que a tuberculose é uma doença infecciosa que mais mata no mundo. Segundo ela, a enfermidade também é a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV.
Transmissão
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Em torno de 10% dos infectados pelo Mycobacterium tuberculosis desenvolvem a doença. Pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas privadas de liberdade, indígenas, diabetes, pessoas com insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, usuários de álcool e outras drogas/tabagistas formam um grupo vulnerável, propensas a contrair a tuberculose.
Sintomas
A enfermeira relata que os principais sintomas são: tosse, geralmente por mais de três semanas, acompanhada ou não de febre, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço, entre outros. “O diagnóstico da Tuberculose Pulmonar é realizado pelo exame do escarro através do Teste Rápido Molecular, disponibilizado nas unidades de saúde. Porém, outros exames podem auxiliar no diagnóstico como: raio-x de tórax, teste tuberculínico e histopatológico”.
Serviços
A Semus ressalta que todas as Unidades de Saúde da Família (USF) estão aptas para realizar o diagnóstico e tratamento da doença, que é feito à base de medicamentos.
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