A prefeitura do Rio de Janeiro flexibilizou algumas medidas restritivas para evitar a disseminação do novo coronavírus na cidade. Nesta sexta-feira (28), o prefeito Eduardo Paes publicou, no Diário Oficial do município, um decreto com regras que estão valendo até o dia 14 de junho.
Com as mudanças, a restrição de música ao vivo em bares e restaurantes foi abolida, podendo funcionar até as 23h. O consumo nos bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres é permitido apenas para clientes sentados e o distanciamento entre as mesas que era de 2 metros passou para 1,5 m, limitado a oito ocupantes.
As aulas em grupo nas academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico ficam permitidas, mas limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.
O decreto não menciona a proibição de entrada de ônibus fretados de outros municípios na cidade, antes não permitido e com exceção apenas aos veículos de linhas convencionais.
As atividades comerciais e de prestação de serviços em shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas, museus, bibliotecas, cinemas, teatros, casas de festa, salões de jogos, circos, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários, jardim zoológico, apresentações, drive-in, feiras e congressos, exposição e evento autorizado precisam atender a critérios como evitar filas, manter a capacidade de lotação máxima em 40% em locais fechados e de 60% nos abertos. além do distanciamento mínimo de 1,5 metros entre os participantes.
Continuam sem permissão para funcionar boates, danceterias e salões de dança. Também está proibida a realização de festas que necessitem de autorização transitória em áreas públicas e particulares.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que o município tem atualmente 1.300 pacientes internados com covid-19, mas os pedidos de novas internações hospitalares diminuíram. Também há menos casos graves da doença nos hospitais, especialmente nas faixas etárias de pessoas que já se vacinaram. O secretário disse que, ainda assim, é preciso manter a cautela.
“O efeito da vacinação começa a aparecer com muito mais velocidade, mas ainda temos que ter cautela. É por isso que prorrogamos a maioria das medidas restritivas na cidade do Rio de Janeiro. As medidas estão colocadas e é muito importante que as pessoas continuem utilizando máscaras, evitando se aglomerar, seguindo todas as medidas de higiene, a fim de evitar a disseminação da doença, mas também das outras síndromes gripais que vão surgir no período de inverno”, afirmou, ao participar hoje (28) da apresentação do 21º Boletim Epidemiológico da prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo Soranz, a mudança na distância entre as mesas de bares, restaurantes e lanchonetes foi decidida porque houve redução na taxa de contágio da covid-19 na capital, mas as proteções sanitárias precisam ser respeitadas
“É necessário usar máscara, manter o distanciamento e utilizar álcool em gel. Festas e boates não estão permitidas. Em algumas exceções com envio de solicitação para a Vigilância Sanitária serão analisadas, mas a gente não autoriza nenhuma festa e não pretende autorizar nesse momento.”
De acordo com o secretário, a flexibilização é "tímida" porque ainda não é tempo de liberar. Segundo disse, a prefeitura montou uma série de ações para monitorar os pontos que costumam ter aglomerações na cidade. Ele afirmou que a prefeitura espera que a população cumpra o decreto e revelou que mais de 10 mil pessoas já foram multadas por não utilizar máscaras.
“A gente espera que essas multas diminuam e que as pessoas comecem a entender o momento em que vivemos. Não dá para entender o que acontece com as pessoas que ignoram completamente os riscos de transmissão de covid e ficam sem máscaras, se aglomeram e botam a sua saúde e a saúde da população em risco", disse Soranz.
Segundo o secretário, ainda não é o momento de autorizar a presença de público nos estádios para o campeonato brasileiro. “Temos muitas pessoas internadas por covid-19", afirmou. Ele lembrou que vários países estão liberando público em estádios, mas são países que têm uma cobertura vacinal melhor do que a do Brasil e fazem isso com protocolos muito rígidos.
“Acho que podemos pensar em caminhar para isso em algum momento, mas agora precisamos ver se os efeitos da vacina vão conseguir bloquear a entrada de novas variantes ou então bloquear o período sazonal, que é inverno.” Soranz lembrou ainda que o período de inverno é muito crítico para gripe, de maneira geral, e para a covid-19.
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