O município do Rio começará a vacinar lactantes contra a covid-19 na segunda-feira (28). Para receber a primeira dose, é necessário que a mãe apresente recomendação do profissional de saúde que acompanha a criança e ateste que a mãe ainda está amamentando e que tem indicação para ser imunizada.
A informação foi dada hoje (25) durante a apresentação do boletim epidemiológico semanal da prefeitura sobre a pandemia. De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, não há restrição de idade da criança. Desde que ainda esteja sendo amamentada, a mãe poderá receber a vacina.
“Pode ser qualquer tempo, desde que tenha a comprovação de que de fato é lactante, que ainda esteja amamentando. Quem faz a comprovação é o profissional de saúde que acompanha a criança nos primeiros anos de vida. Pode ser o médico da família, uma enfermeira, qualquer profissional de saúde que esteja acompanhando essa criança.”
A vacinação contra a covid-19 na capital continua hoje (25) a imunizar homens de 48 anos, gestantes e puérperas e profissionais da limpeza urbana. Amanhã, haverá repescagem desses grupos, de pessoas a partir de 48 anos e pessoas com comorbidades. Na próxima semana, dias 28, 29 e 30 de junho, serão vacinadas as pessoas com 47 anos.
Em julho, serão contempladas as pessoas entre 46 e 38 anos e, em agosto, a faixa entre 37 e 18 anos, sempre respeitando o escalonamento por idade e sexo. Setembro será a vez dos adolescentes, começando com as meninas de 17 anos no dia 1º e meninos de 17 anos no dia 2, seguindo até o dia 15 de setembro, quando ocorre a repescagem para todos os adolescentes a partir de 12 anos.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, relatou que tomou conhecimento de pessoas que compareceram aos postos nos dias da repescagem com a intenção de tomar novamente a primeira dose do imunizante, de algum fabricante que tenha preferência. Ele ressaltou que o ato se configura em crime e essas pessoas estão sendo identificadas para encaminhamento dos casos para a autoridade policial.
“Estamos inaugurando uma atividade nova no Brasil, o sommelier de vacina, o sujeito que fica querendo escolher qual vacina vai tomar. Tivemos um número de autoridades sanitárias sérias afirmando que todas as vacinas funcionam bem. A melhor vacina é a aquela que vai no nosso braço. Temos o registro de todos que são vacinados, anotamos CPF e identidade. Os dados serão cruzados para identificar esse tipo de coisa, porque isso é criminoso, é fraude, é desrespeito à vida, é o que a gente tem de pior”, afirmou o prefeito.
De acordo com o secretário de Saúde, já foram identificadas pelo menos 16 pessoas que tomaram novamente a primeira dose, simulando não ter recebido o imunizante contra a covid-19. Os casos foram encaminhados ao Ministério Público estadual.
Os dados do 25º Boletim Epidemiológico da prefeitura indicam que o atendimentos na rede de urgência e emergência por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) segue em tendência de redução leve, na última semana.
O registro de novos casos e de óbitos por covid-19 está caindo há sete semanas e a proporção de internação por faixa etária indica aumento nas idades entre 40 e 59 anos e entre 20 e 39 anos.
A avaliação de risco de transmissão do novo coronavírus por região administrativa segue na faixa laranja, de risco alto, no município do Rio de Janeiro. O secretário Municipal de Saúde destacou que os meses de inverno são os mais preocupantes para qualquer síndrome respiratória, incluindo a covid-19.
“Nos meses de inverno temos a maior sazonalidade para a gripe. São meses em que ocorre um aumento natural no número de casos de gripe, justamente porque as pessoas andam nos ônibus com os vidros fechados e ficam em ambientes mais fechados por conta do frio. Então, reforçamos o alerta, a importância de as pessoas usarem máscara,de evitarem se expor desnecessariamente. São os meses mais perigosos do ano e o nosso desafio é conseguir segurar o avanço da covid justamente nesse período”, disse Soranz..
A vacinação contra a gripe (influenza) foi prorrogada até o dia 30 de julho. A dose deve ser aplicada com um intervalo de pelo menos 14 dias de diferença da imunização contra covid-19.
A campanha inclui crianças acima de 6 meses e abaixo de 6 anos completos, pessoas maiores de 60 anos e os grupos prioritários, que inclui as gestantes e puérperas até 45 dias do parto, povos indígenas e trabalhadores da saúde.
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