A nova edição do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgada hoje (2) mostra que, segundo os números da semana epidemiológica 25 (20 a 26 de junho), apenas Mato Grosso apresentou sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo.
Dentre os demais estados, 17 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. Há sinal de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo no Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Piauí, Rondônia e Sergipe.
No entanto, aponta a Fiocruz, o número de novos casos semanais de SRAG continua sendo motivo de preocupação. Todos os estados têm ao menos parte do seu território em nível alto, sendo que 22 deles e o Distrito Federal apresentam macrorregiões de saúde em nível considerado muito elevado.
Apenas duas macrorregiões do país têm incidência de casos nos níveis pré-pandemia. São elas o litoral do Piauí e o Sul no Espírito Santo. Entretanto, o boletim salienta que há subnotificações de casos de SRAG.
Entre as 27 capitais, apenas Belém, Boa Vista e Vitória integram macrorregiões de níveis altos. As demais estão em níveis muito alto ou extremamente alto.
De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim, os valores semanais continuam elevados. É o que revela o indicador de transmissão comunitária, tornando mais uma vez clara a necessidade de manutenção de medidas de contenção da transmissão.
Em função disso, Gomes reforçou a recomendação de cautela em relação à flexibilização das medidas de distanciamento social para redução da transmissão da covid-19 enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos.
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