Agentes de Controle de Endemias (ACEs), veterinários, residentes e técnicos da área administrativa da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ) receberam na manhã desta sexta-feira, 20, o treinamento para a implantação do projeto-piloto que prevê a colocação de coleiras com repelente contra o mosquito da leishmaniose em 5 mil cães da Capital. O gerente da (UVCZ), Auriman Cavalcante, conduziu as atividades da capacitação e explicou o passo a passo das etapas do trabalho.
Para a implantação do monitoramento do uso da coleira nos cães, a zona urbana de Palmas foi dividida em 18 Áreas de Trabalho Locais (ATLs), sendo que para a seleção de cada ATL foram observadas as características comuns das áreas e o número de habitantes. De acordo com o gerente da UVCZ, a divisão das áreas foi feita pensando no direcionamento da rede de saúde para as regiões com maior frequência anual de casos de Leishmaniose Visceral, comparando com a média de casos no município e a vulnerabilidade socioeconômica.
Cavalcante explicou que o encoleiramento só será feito nos cães domiciliados nas quadras ACSU-NO (301N), Arno 31 (303N), Arno 32 (305N), Arno 33 (307N), ACSU-NO (401N), Arno 41 (403N), Arno 42 (405N) e Arno 43 (407N) e no Jardim Aureny III que tiverem teste negativo para leishmaniose.
Todos os animais destas quadras serão testados pela equipe da UVCZ e posteriormente irão receber as coleiras impregnadas com deltametrina 4%, com troca da proteção agendada para cada seis meses. Os cães estarão em monitoramento durante o período de quatro anos. “Todo o trabalho das equipes é para reduzir o número de óbitos, através do diagnóstico precoce e tratamento oportuno e adequado, e a redução do número de casos, através de ações de prevenção e controle de reservatórios e vetores”, reforça o gerente.
Procedimentos
Cinco equipes composta por técnicos e ACEs farão parte da execução e monitoramento das ações de coleta de amostras. Cada grupo terá dois agentes e um médico veterinário para executar a supervisão das atividades desenvolvidas no projeto. Três equipes extras serão responsáveis pelo encoleiramento dos animais com sorologia negativa.
Os tutores dos animais serão avisados antecipadamente sobre a visita da equipe da Unidade de Vigilância, por meio de informes contendo todas as informações e também através do contato com as equipe da atenção básica e os agentes comunitários de saúde (ACSs). Os responsáveis pelos animais serão esclarecidos quanto ao estudo e, caso concordem, os cães serão identificados pelo preenchimento de uma ficha de investigação de leishmaniose visceral canina, contendo dados do animal, como nome, sexo, idade e porte, e dados do tutor. A coleta para o exame será realizada somente após assinatura do Termo de Esclarecimento e Acompanhamento das Ações do Plano de Leishmaniose Visceral Canina pelo tutor do animal.
A previsão é que no próximo mês já iniciem as visitas dos agentes de combate às endemias nas residências situadas nas quadras selecionadas. Este primeiro contato será para explicar sobre o projeto e também para preencher o formulário de monitoramento. “Palmas é considerada área endêmica e de transmissão intensa da leishmaniose, pelo alto coeficiente de incidência em humanos e ampla distribuição geográfica. Portanto o controle desta doença, requer a adoção de diferentes estratégias para interrupção da transmissão. Com o encoleiramento de mais de 5 mil cães e o estudo que a ação irá permitir acreditamos que estamos dando um passo grande no controle da doença e o cuidado com a saúde pública”, avalia o gerente da (UVCZ), Auriman Cavalcante.
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