A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou, nesta quarta-feira (13), o programa Livres para Estudar, que vai distribuir absorventes íntimos em escolas da rede municipal. A iniciativa deve começar na próxima segunda (18), quando também haverá a retomada do ensino presencial em 100% das escolas da cidade.
O evento de lançamento, realizado na Escola Municipal Vicente Licinio Cardoso, na Praça Mauá, no centro do Rio, teve a presença do prefeito Eduardo Paes e de outros políticos, como o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e a deputada federal Tábata Amaral.
De acordo com Ferreirinha, o investimento da prefeitura no programa será de R$ 14 milhões por ano, com a distribuição de 8 milhões de absorventes. Segundo ele, a ação deve alcançar mais de 100 mil adolescentes e visa combater a pobreza menstrual e a evasão escolar.
Dados apresentados no evento revelam que uma em cada quatro jovens já deixou de ir à escola por não ter absorventes, totalizando 43 mil alunas cariocas.
"Não pode ser normal que uma menina deixe de ir pra escola simplesmente por não conseguir comprar um absorvente. O que estamos fazendo aqui é dar o mínimo, dar dignidade para nossas alunas estudarem decentemente e não largarem a escola", disse Ferreirinha.
A discussão sobre a pobreza menstrual ganhou força após o presidente Jair Bolsonaro vetar uma proposta aprovada pelo Congresso Nacional que visava à distribuição de absorventes a estudantes de baixa renda e mulheres em situação de rua.
Bolsonaro alegou que a proposta não indicava a fonte de custeio da ação e não apresentava medida compensatória. Após a decisão gerar repercussão negativa, o Governo Federal voltou atrás e garantiu que vai viabilizar a distribuição dos itens de higiene.
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