Nas últimas semanas, os palmenses começaram a sentir um clima mais ameno, com temperaturas mais baixas proporcionadas pelas chuvas mais frequentes na Capital. Com a chegada do período chuvoso, as equipes compostas pelos agentes de combate às endemias que atuam na rede de saúde de Palmas intensificaram as ações de combate ao Aedes aegypti e ao mosquito transmissor da Leishmaniose, o mosquito palha.
Nesta época do ano, o trabalho de visitas e a inspeção nos imóveis são intensificados, de acordo com o supervisor geral da região Central da Capital, Rafael Almeida Souza. Durante os encontros com os moradores, os agentes fazem a vistoria nos ambientes e orientam os moradores, zeladores e proprietários sobre as medidas de prevenção e combate aos mosquitos. "Procuramos orientar e estimular o responsável pelo imóvel a adotar medidas indispensáveis para evitar proliferação de vetores ou animais peçonhentos que podem aparecer nas residências. Neste período, notamos que as equipes são mais demandadas, as ocorrências aumentam devido ao surgimento de novos criadouros do mosquito", observa o supervisor, lembrando que em caso de dúvida o morador pode entrar em contato com a equipe através da unidade de saúde mais próxima da residência.
Atuação dos agentes
Com quase 20 anos de atuação como agente de combate às endemias, Cícero Vanderlei Lira, que já é bastante conhecido pelos moradores das quadras onde atua, é sempre bem recebido por onde passa. Na residência do aposentado Lourival de Sousa Azevedo, 72 anos, localizada na Arse 82, o agente foi acolhido logo na entrada. Acompanhado do morador, Cícero percorreu as dependências da casa orientando sobre os cuidados importantes para evitar a proliferação do Aedes e também de outras pragas. "O Cícero sempre observa alguns detalhes que no dia a dia não notamos. Hoje ele me mostrou o regador que estava ao ar livre e poderia acumular água e facilitar para o mosquito. Ele é muito dedicado e eficiente. Procura trazer boas orientações para nós moradores", elogia o aposentado.
Narlê de Araújo Rocha, também moradora da Arse 82, recebeu a visita do agente Luziano Bispo. No decorrer da vistoria, Luziano mostrou os ambientes favoráveis para o surgimento de criadouros e reprodução do mosquito, consequentemente, à disseminação da dengue, do zika vírus, febre amarela e chikungunya. "A estratégia é atuar de forma mais intensa nessa época de chuvas em Palmas. Queremos sensibilizar famílias da necessidade dos cuidados, buscando também tirar as dúvidas e informar sobre as principais formas de prevenção a essas endemias", disse o agente.
O supervisor de Controle e Combate às Endemias da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses, José Luiz Peres da Silva, conta que orientar a sociedade, conversar com os servidores sobre como eles podem levar informação para a comunidade é muito gratificante. "Precisamos ter uma população ativa e participativa para conseguirmos ter uma cidade melhor para morar, com menos casos de doenças como a dengue. Precisamos que os moradores fiquem atentos e acatem as orientações do agente no momento da visita", reforçou o profissional.
Controle de zoonoses
A Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) orienta a população a manter os quintais limpos, eliminando possíveis criadouros como garrafas, sacolas plásticas, entre muitos outros recipientes que possam acumular água da chuva. É igualmente importante lavar os bebedouros dos animais com água, bucha e sabão; limpar calhas, utilizar produtos (detergente, sabão em pó) nos ralos internos e externos, a fim de se evitar a proliferação do vetor.
Sintomas da dengue
Ao sentir sintomas como coceira no corpo, dores nas articulações, corpo e de cabeça; cansaço físico e mental; vermelhidão, sensibilidade nos olhos, náuseas, vômitos, tonturas, perda de apetite, febre baixa ou de início súbito, procure uma da Unidade de Saúde da Família (USFs) e nos casos mais graves o paciente deve se dirigir a uma das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) para atendimento médico necessário.
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