A vacinação é o principal caminho para a prevenção do retorno de doenças erradicadas que chegaram a provocar mortes. Esse é o caso da poliomielite (paralisia infantil), sarampo, difteria e a rubéola, enfermidades que chegaram a ser extintas do Brasil e voltaram a preocupar o Sistema Único de Saúde (SUS), tendo em vista a baixa procura da população às vacinas disponíveis gratuitamente no País.
Todas as doenças mencionadas podem levar à morte caso não sejam tratadas. Segundo o dicionário de A a Z do Ministério da Saúde (MS), a poliomielite, causada pelo poliovírus, é grave e causa danos sérios ao organismo, a exemplo da paralisia muscular, principalmente de crianças.
Já o Morbillivirus (MV) é o vírus que transmite o sarampo, responsável por sintomas como tosse forte ou seca, dores musculares, febre e erupções ou manchas vermelhas na pele, podendo atingir os pulmões, onde pode ocorrer infecção generalizada.
Sobre a difteria, o MS explica que é transmitida por bactéria que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas, que podem provocar dificuldade para respirar. Já rubéola é uma infecção viral contagiosa que geralmente causa sintomas leves, como dor nas articulações e uma erupção cutânea, mas pode causar graves deficiências congênitas se a mãe for infectada com rubéola durante a gravidez.
Cabe destacar que as vacinas contra essas doenças estão disponíveis para crianças e adolescentes de até 15 anos, gratuitamente, em todo o SUS.
Para o médico Alexandre Janotti, especialista em medicina tropical e atuante na Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus), o Brasil sempre foi grande exemplo de imunização mundo afora e que essa situação mudou com o advento das notícias falsas. “O povo brasileiro sempre aceitou bem a vacinação, mesmo com toda dificuldade que a gente tem de conhecimento básico. Apesar disso, nós temos um nível de cobertura até acima de países de primeiro mundo”, diz.
Ele acrescenta que é preciso reforçar a importância os benefícios das vacinas e o quanto são maléficas as informações falsas que vem sendo passadas, tais como os efeitos colaterais. “As notícias falsas desconsideram os benefícios que temos com a vacinação em massa para todas essas doenças. Se a gente não continuar vacinando vamos ter outras pandemias antigas como estamos vendo ocorrer”, completa o médico.
Campanha permanente
Preocupada com isso, a Semus tem disponibilizado 25 Unidades de Saúde da Família (USFs) para a Campanha Nacional de Multivacinação, que objetiva atualizar a caderneta de vacina de crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Apesar da campanha nacional se encerrar nesta terça-feira, 30, a vacinação continuará disponível nas unidades de saúde da Capital.
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