Médicos, enfermeiros e residentes do Programa de Saúde da Família e Comunidade que atuam na rede de saúde de Palmas receberam na manhã desta quinta-feira, 02, técnicas e orientações sobre como diagnosticar e oferecer um tratamento adequado aos pacientes com hanseníase. O treinamento faz parte de uma série de capacitações que estão sendo promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e o Ministério da Saúde.
Desta vez, os fisioterapeutas da rede de saúde da Capital Flávia Santos Medina e Pedro Paulo dos Santos Oliveira ministraram a Oficina de Avaliação Neurológica Prática para um grupo de 30 profissionais. Durante a exposição, Flávia Medina demonstrou de forma didática como deve ser feita a avaliação neurológica simplificada durante a consulta clínica do paciente. “Parte do grupo já passou pelos módulos que apresentaram a parte teórica sobre a doença. Agora, estamos trabalhando a parte prática para qualificar e potencializar o trabalho em equipe dentro da unidade de saúde. Os pacientes com hanseníase dependem de uma assistência multidisciplinar, e o profissional precisa do conhecimento tanto para esclarecer as dúvidas, como para interpretar o seu quadro clínico”, destacou a profissional.
A médica e residente de Medicina da Família e Comunidade Fabíola Frota, que atua na Unidade de Saúde da Arno 44, disse que a oficina é mais uma oportunidade de ampliar os conhecimentos sobre a patologia, podendo assim aperfeiçoar o atendimento ao paciente durante a consulta e o tratamento. “Acredito que as técnicas compartilhadas no curso ajudaram de maneira positiva a identificação da doença e também no tratamento oportuno contra a hanseníase, como de outras enfermidades”, avaliou.
O coordenador técnico da área de Hanseníase, o fisioterapeuta Pedro Paulo dos Santos Oliveira, explica que do ponto de vista epidemiológico Palmas continua hiperendêmica para o agravo (a hanseníase). “Este ano, foram diagnosticados 304 novos casos na Capital, isso significa que são mais de 100 casos a cada 100 mil habitantes, índice acima do estipulado pelo Ministério da Saúde, que é de 40 casos para este percentual de habitantes. É mais que o dobro, por isso temos que reforçar a vigilância e capacitar cada vez mais os profissionais para o diagnóstico da doença”, avaliou o coordenador.
A doença
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Hansen. Acomete a pele e os nervos, causando manchas indolores, sensação de formigamento, perda de pelos, caroços pelo corpo, inchaço na face, nas orelhas e dormência nas extremidades, além de incapacidades físicas.
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