Em pronunciamento nesta quarta-feira (15) em Plenário, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) reclamou da falta de resposta da Procuradoria-Geral da República a seis ofícios que enviou ao órgão, solicitando informações. Destacou que quatro desses ofícios referem-se a investigações em curso em função de indícios de desvios ocorridos durante a pandemia de covid-19.
O parlamentar disse "estranhar" o silêncio da PGR, levando-se em conta o tamanho da estrutura organizacional do gabinete do procurador-geral, composta por cinco secretarias e dez órgãos de assessoramento, com um total de 50 assessores.
Girão referiu-se, entre os ofícios, o que trata “de um dos maiores escândalos ocorridos nesta pandemia”, o chamado “calote da maconha”.
— O Consórcio Nordeste, formado por nove governadores, adquiriu, sem licitação e pagando de forma antecipada, 300 respiradores. Foram desembolsados R$ 48 milhões em uma empresa que comercializa produtos à base da droga, da maconha, e nunca foram entregues — afirmou.
O senador ainda acusou a CPI da Pandemia de ter se negado a aprofundar as investigações, preferindo, em sua opinião, “blindar os governadores envolvidos nesse suposto esquema”. Contudo, ele elogiou a CPI da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que aborda esse tema, cujo relatório final será divulgado nesta quinta-feira (16).
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