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Senadores lamentam assassinato de Moïse Kabagambe

Vários senadores lamentaram nesta terça-feira (1º) a morte do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no último dia 24. Ele trabalhava por diárias em...

01/02/2022 às 18h50
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Senado
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O congolês foi espancado até a morte depois de cobrar por duas diárias de trabalho não pagas em um quiosque na Barra da Tijuca (RJ) - reprodução Facebook
O congolês foi espancado até a morte depois de cobrar por duas diárias de trabalho não pagas em um quiosque na Barra da Tijuca (RJ) - reprodução Facebook

Vários senadores lamentaram nesta terça-feira (1º) a morte do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no último dia 24. Ele trabalhava por diárias em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Segundo a família, Moïse foi espancado até a morte depois de cobrar por duas diárias de trabalho não pagas. A Delegacia de Homicídios está analisando as imagens das câmeras de segurança do próprio quiosque e de um condomínio na Avenida Lúcio Costa, para identificar os culpados. 

Testemunhas disseram que Moïse apanhou de cinco homens, o corpo do congolês foi achado amarrado em uma escada. O Laudo do Instituto Médico Legal (IML) indica que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.

Manifestações

O senador Paulo Rocha (PT-PA) pediu justiça para Moïse e afirmou que a bancada do PT no Senado vai solicitar à Comissão de Direitos Humanos do Senado que “cobre investigações rigorosas e punição exemplar aos assassinos”. 

Para Fabiano Contarato (PT-ES), o congolês foi vítima da “brutalidade rotineira que se vê no Brasil”. 

“Essa brutalidade existe há séculos e é enganosamente encoberta sob o manto de uma perversa narrativa de paz racial”, declarou. 

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu o fim da cultura de violência e declarou a morte de Moïse triste, cruel e revoltante. 

“Moïse Kabagambe saiu do Congo para fugir da guerra, chegou ao Brasil e foi assassinado de forma atroz nas ruas do RJ. Que país é esse? Não é o Brasil que queremos! Queremos justiça!”, pediu.

Jean Paul Prates (PT-RN) exigiu justiça: “imigrante em situação de precariedade trabalhista foi brutalmente assassinado ao cobrar os próprios direitos. Até quando vão ceifar os sonhos de vida dos negros e negras em nosso país?”, perguntou.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) emitiu seu pesar declarando o crime “dilacerante e revoltante”. 

“Não consigo encontrar palavras para expressar a dor de ver que em nosso país o racismo e a xenofobia continuam matando sem que haja uma reação à altura da gravidade desses crimes”, lamentou a senadora. 

Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE) evidenciou sua indignação perguntando “o que estão fazendo com esse país?”.

Rogério publicou em sua rede social o vídeo de um dos irmão de Moïse no qual ele clama por justiça: “Ele trabalhava, a gente trabalha duro. Fugimos da África para ser acolhidos aqui no Brasil. O Brasil era para ser uma mãe”. 

Por Ana Paula Marques com supervisão de Guilherme Oliveira

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