Depois de se solidarizar com os familiares de pessoas mortas e com a população de Petrópolis (RJ), atingida pelos deslizamentos provocados por fortes chuvas, na última terça-feira (15), o senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu a criação de medidas de prevenção fortes e afirmou que a comissão temporária externa criada no Senado para acompanhar a tragédia in loco será útil, porque vai "acrescentar um pouco mais de aprendizado, em função da dor que todos estão vivenciando".
Esperidião, no entanto, demonstrou pessimismo quanto à solução de problemas como esse, relacionados à rápida urbanização no país. Ele comparou a população que vivia nas cidades e no campo há 75 anos e atualmente.
No passado, eram 12 milhões de brasileiros urbanos e 36 milhões no meio rural. Hoje, são quase 200 milhões vivendo em cidades "com investimentos mínimos em infraestrutura", disse o senador.
— Restou o quê? Que mais de 50% do que é construído nas cidades brasileiras não é feito em conformidade com plano diretor, nem com o código de postura e de obras. E vai ser assim, porque a habitação é o maior anseio. E ontem eu mencionei pesquisa do Instituto DataFolha, onde 87% da população entrevistada elegeu a casa como o maior bem que almeja. E a tendência é construir a casa onde for possível. Então nós vamos continuar convivendo com essa insegurança — disse.
Ao relatar a situação de Santa Catarina, Esperidião Amin afirmou que o estado evoluiu, porque conta com um sistema de defesa civil bom, mas longe de ser perfeito.
— Nós temos radares que, às vezes, entram em pane, temos situações meteorológicas que, no final, não se confirmam ou os fatos modificam a previsão — lembrou.
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