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Mulheres em TI: 3 dicas para ingressar na profissão do futuro

Setor feminino tem ganhado cada vez mais espaço e a tendência é otimista

25/02/2022 às 10h55
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Dino
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Foto: Reprodução
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Não é novidade o quanto a tecnologia é um mercado com predominância masculina. A boa notícia é que isso está mudando: o crescimento do setor feminino na área de TI cresceu 60%, de 2019 a 2021, passando de cerca de 28 mil para quase 45 mil profissionais empregadas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Priscila Cardoso, gerente de ESG da Certsys, atua há mais de 17 anos no setor e traz três dicas práticas para as mulheres se desenvolverem na área.

Segundo a Softex, organização social voltada ao fomento da área de TI, o Brasil pode chegar a ter mais de 408 mil postos de trabalho com carência de especialistas até o fim de 2022. "Há muita oportunidade no mercado hoje. Quando comecei a trabalhar, em muitos dos locais, eu era a única mulher na equipe de TI. Sempre tive que provar que era tão (ou mais) capaz que todos os homens do time. Algumas empresas, como a Certsys, estão trabalhando para melhorar esses números e gerar um equilíbrio na diversidade. Isso já ajuda muito quem deseja entrar na área", explica Priscila.

Palestras gratuitas & networking

Com a necessidade de mão de obra especializada, a área de TI sempre ofereceu muitas palestras gratuitas. Desde a pandemia de Covid-19, isso se estendeu para webinars e eventos online. A busca por tópicos como inteligência artificial e transformação digital são de grande ajuda ao longo do caminho.

"Sou uma mulher periférica. Tinha que contar cada centavo e, em muitas vezes, deixava de almoçar para conseguir ir para a faculdade. Na época, não tinha condições para pagar cursos, mas já havia muitas palestras gratuitas. Eu participava de todas. Além disso, participar desses eventos também me ajudava a criar um bom networking, o que é muito importante para as mulheres na área", comenta.

O networking é a chave para bons relacionamentos e oportunidades de trabalho. Além de participar de eventos (presencial ou online), as pessoas podem aproveitar ferramentas como o LinkedIn para se aproximar de executivos da área.

Certificações técnicas

O mercado de tecnologia está em constante evolução. A cada nova solução surgindo, é preciso se manter atualizada. Para isso, é necessário buscar expansão contínua de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento disponíveis.

"Eu checava com as pessoas que trabalhavam comigo, homens na maioria, como eram seus currículos. Queria saber quais cursos, graduações, ou certificações técnicas eles tinham, depois ia atrás do que me faltava. Nós precisamos ter o conhecimento técnico para poder argumentar e comprovar nossa capacidade. As oportunidades se expandem quando alcançamos algumas delas", destaca.

Mentoria

Priscila explica: "meu mentor mudou tudo pra mim. Já tive chefe me dizendo que o que eu fazia ‘não era serviço de mulher’, mas tive uma grande sorte de encontrar um líder que sentou comigo e me ensinou a fazer um planejamento de carreira".

É seguro dizer que a busca por mentoria é de grande ajuda ao longo do caminho. Pode auxiliar na organização e no planejamento assertivo de cursos e atividades para o desenvolvimento da trajetória profissional.

A mulher de TI

Priscila Cardoso começou a jornada na base da área tecnológica a partir de cabeamento de rede, se tornando uma especialista em tecnologia, até atingir uma posição de liderança. "Sempre fui uma pessoa que estudava muito. Quando fiquei responsável por grandes times, me dediquei totalmente à gestão de pessoas e me apaixonei por tudo aquilo. Desde então, isso tem formado meu propósito".

A gerente de ESG já estava envolvida em ações empresariais de cunho social da Certsys, principalmente ligadas à diversidade e inclusão. Atualmente, a Head tem o desafio de priorizar um ambiente organizacional mais pluralizado na companhia, apoiando a empresa na contratação de mulheres, negros, pessoas trans, indígenas, pessoas com deficiência (PCDs) e outros grupos minorizados. A condição de mulher, preta e lésbica, a habilita a ter lugar de fala em pautas ligadas à racismo, LGBTQIAP+ e desigualdade de gênero no mundo corporativo, sobretudo no mercado de TI, onde atua há 17 anos.

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