O PL 5.100/2019 voltou a ser alvo de fake news pelo WhatsApp nos últimos dias. Nas mensagens compartilhadas nos grupos, a informação é de que o Senado "começou a debater a iniciativa da lei de proteção doméstica” e que a proposta prevê prisão de quem pregar a sua religião em horas improprias..
Não é verdade que o Senado começou a analisar a matéria agora. O Senado Verifica, aliás, já falou sobre isso em 2020.
O projeto foi iniciado na Câmara dos Deputados e aprovado em julho de 2019. Chegou ao Senado em setembro de 2019 para ser revisado como prevê o processo legislativo. Encaminhado para a Comissão de Meio Ambiente (CMA), ainda está aguardando a apresentação de parecer do relator.
O texto compartilhado também está errado com relação à abrangência da proposta. O PL 5.100/2019 estabelece limites para emissão sonora durante atividades em templos de qualquer religião, a serem observados durante o dia e a noite, em zonas industriais, comerciais e residenciais. Além de regulamentar o nível de barulho permitido, esclarece as competências de estados e municípios para a elaboração e aplicação de normas. O projeto de lei inclui sanções que já estão em vigor na Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 1981), entre elas multa e suspensão de atividade. Mas essas sanções somente serão aplicadas em caso de reincidência e após o prazo de 90 a 180 dias para que sejam tomadas as providências determinadas pela autoridade ambiental para a adequação sonora.
Não existe hipótese de prisão no texto, nem de impedir a pregação nas ruas e em casas, o que seria uma medida contrária à Constituição Federal.
Você pode acompanhar o andamento do PL 5.100/2019 e até opinar sobre ele no site do Senado, aqui.
Tome cuidado ao passar adiante uma mensagem. Ela pode conter informações enganosas.
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