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Simone pede informações ao governo sobre venda de fábrica de fertilizantes
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu o apoio dos senadores para subscreverem um requerimento de sua autoria em que solicita informações ao minist...
09/03/2022 21h00
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Senado

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu o apoio dos senadores para subscreverem um requerimento de sua autoria em que solicita informações ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e ao presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, para prestar esclarecimentos ao Senado sobre a venda da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), da Petrobras, instalada em Três Lagoas (MS), à empresa russa Acron.

A senadora disse, no pronunciamento desta quarta-feira (9), que se trata da maior fábrica de fertilizantes da América Latina. O empreendimento, quase pronto (com 83% das obras concluídas), teria a capacidade de reduzir as importações de fertilizantes consumidos no Brasil em pelo menos 50%. Ao diminuir a dependência desse insumo, os brasileiros poderiam ter acesso a alimentos mais baratos, afirmou.

— Trata-se de uma fábrica que pode ser construída em oito meses pela própria Petrobras, talvez com 2 bilhões de reais, e que pode ser vendida por 5 bilhões de reais a qualquer cooperativa ou a qualquer empresa no Brasil, para poder colocar o produto em nossa lavoura. O que eu quero dizer com isso é que o assunto é muito sério — protestou.

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Em sua opinião, caso a venda seja concluída, não será um bom negócio para o país, que continuará a depender de insumos importados para a agricultura. A concretização desse negócio, nos termos atuais, a se confirmar, não será para produzir o insumo aqui. Pelo que consta, servirá apenas para misturar o fertilizante importado da Rússia.

— Nós estamos entregando um patrimônio nacional, dinheiro público, investimento nosso, para continuar a depender da Rússia na questão de fertilizantes. Ou alguém acha que o presidente Putin vai autorizar a maior fábrica dele a produzir fertilizantes no Brasil? Evidentemente, não, até porque é questão de contrato, o que faz supor que a “outra parte” tenha concordado e subscrito — concluiu.

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