O Senado promove na sexta-feira (1) sessão especial de debates para discutir o papel do Brasil na mediação de conflitos e construção de uma cultura de paz. De autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), a reunião está prevista para começar às 10h.
No requerimento para realização da sessão (RQS 194/2022), aprovado no último dia 16, Girão afirma que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode deflagrar um novo confronto mundial. “Um conflito mundial hoje destruiria completamente muitos países e afetaria seriamente todos os sobreviventes com consequências desastrosas, significando um retrocesso na evolução planetária de proporções inimagináveis”, alerta.
Dentro deste contexto, segundo o parlamentar, a sessão deve “buscar alternativas de ação sob uma ótica pacifista em que o Brasil possa contribuir efetivamente para o reestabelecimento e manutenção da paz no mundo”.
Eduardo Girão justifica que, historicamente, a nação brasileira foi constituída pela fusão dos indígenas, africanos e europeus, que aos poucos originou a formação de uma cultura propensa à fraternidade com vocação natural para a paz. Ele lembra que Rui Barbosa, em 1907, já mostrava este perfil nacional quando representou o Brasil na segunda Conferência Internacional da Paz em Haia, na qual, segundo Girão, teve atuação notável sendo mundialmente conhecido. “Ele defendeu a igualdade entre as nações e tornou-se o porta-voz dos países em desenvolvimento. Somos um povo que naturalmente tem recebido imigrantes de todas as partes do mundo com toda hospitalidade.”
Outro bom exemplo de convivência pacífica e harmônica, de acordo com o senador, é que o Brasil é hoje a maior nação católica, a maior nação espírita e uma das maiores nações evangélicas do mundo. “Esta condição espiritual presente no coração dos brasileiros pode ser muito útil na solução dos conflitos que têm surgido no mundo. Todas essas religiões propagam o respeito ao próximo e o perdão, prática essa que favorece a mediação em situações de conflito de interesses entre nações”.
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