O Senado continua a ampliar a transparência dos processos legislativos e administrativos. Desde a última segunda-feira (4), o site que dá acesso aos dados abertos da instituição traz uma página com glossário de siglas e explicação de conceitos usados, entre outras informações para facilitar a navegação do usuário.
— São vários sistemas integrados, algo bastante complexo. Nossa missão é disponibilizar essas informações de forma completa e dinâmica e que facilite a navegação — explica o secretário do Comitê Gestor do Site do Senado, Washington Brito.
Os cidadãos já têm acesso a informações em formatos que facilitam a organização e o compartilhamento dos dados, como planilhas em Excel ou em formatos adaptados para navegadores de internet. O objetivo é oferecer tudo o que está disponível no Senado para acesso pelo maior número possível de pessoas. Para isso, novos sistemas estão sendo construídos constantemente e novos dados vão sendo adicionados, sempre em formato aberto.
A política de dados abertos do Senado permite acesso de qualquer cidadão e facilita o trabalho de jornalistas e órgãos de fiscalização. Ela obedece a um Plano de Dados Abertos que, segundo o diretor-executivo de gestão do Senado, Marcio Tancredi, já oferece um dos mais completos conjuntos de informação sobre as atividades de uma instituição pública no país.
— O regime democrático exige que os organismos públicos se abram à visão crítica da sociedade, não somente respondendo a questões colocadas por cidadãos ou por organizações, mas também oferecendo ao público informações relevantes, de forma proativa — define.
O Senado continuará a expandir as informações disponíveis e a sua organização, seja de atos legislativos como administrativos, para facilitar o uso e até mesmo a fiscalização da Casa pelos cidadãos tendo como referência práticas internacionais.
Analista de dados do portal Jota de notícias, Daniel Marcelino usa as informações oferecidas e organizadas pelo Senado na internet. Para ele, a evolução na apresentação dos dados do Senado representou uma grande evolução no processo de coleta de informações jornalísticas relevantes. Isso porque as tecnologias utilizadas (entre elas a API, ou interface de programação de aplicações) permitem a geração de dados que podem ser integrados, convertidos e baixados em arquivos comuns (como documentos e planilhas), que são editáveis em formatos mais amigáveis.
— Essa mudança gerou uma surpresa porque estávamos acostumados ao modelo antigo. Hoje em dia é bem mais fácil do que era. As informações têm menos interrupções e sinto que tem mais conteúdo disponível. Uma das coisas importantes é que caminhamos para uma economia baseada em dados e o futuro é a utilização do formato API — elogia Marcelino.
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