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Retração industrial aumenta 11,6% no Brasil

Taxa de juros alta e dificuldades provocadas pela pandemia, além de instabilidades na cadeia de suprimentos explica a insegurança do setor industri...

12/04/2022 às 15h20
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
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Foto: Reprodução
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Informações da Associação Brasileira de Automação divulgadas através da Taxa de Retração industrial, publicada no fim de março, apontam alta na retração industrial em fevereiro no país. O índice de encerramento de portfólio de produtos foi de 11,6% para as indústrias e 4% para micro e pequenas empresas.

Neste cenário, números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também no mês passado informam que a produção industrial caiu em 10 dos 15 estados analisados pelo órgão entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.

Considerando um cenário de preocupação do setor, vale observar que o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) teve um recuo em março. A média de 58,7 pontos caiu para 53,3. O índice, entretanto, ainda indica confiança, já que segue acima dos 50 pontos. Para o levantamento, foram consultadas 1.617 empresas.

Fatores como a pandemia de Covid-19, ainda não superada no Brasil e no mundo, bem como o desequilíbrio na cadeia mundial de suprimentos podem ajudar a entender o panorama incerto da indústria.

Além desses fatores, no Brasil, a taxa de juros elevada e as incertezas no cenário político podem ajudar a entender a retração e a desconfiança quanto ao futuro. É a opinião de Richard Clayton, contador e fundador da Trinta Porcento, empresa de contabilidade e gestão empresarial.

Para ele, uma boa gestão financeira pode ajudar médias e grandes empresas a permanecer competitivas e com a produção em alta, evitando o encerramento de portfólios de produtos. “A primeira medida é avaliar como o mercado no qual se insere a indústria está projetando nos próximos meses”, afirma “Apesar da pandemia e ano eleitoral serem fatores que retraem a economia, alguns setores se mantêm ou crescem neste período”.

Para enfrentar um cenário pessimista

O especialista avalia que, caso o cenário seja pessimista e o mercado de fato esteja retraído até o final do ano, as empresas precisam olhar para dentro do seu negócio e avaliar as margens dos produtos e os seus custos de produção.

“Considero importante avaliar a sua capacidade financeira e sua necessidade de capital de giro (NCG) ao longo deste período. Provavelmente será necessário fazer algum tipo de redução de custos e até mesmo avaliar a possibilidade de focar em produtos que possuem margens melhores”, pondera o fundador da Trinta Porcento.

Circunstâncias vantajosas pedem outra abordagem

Segundo o especialista, caso a empresa esteja com o cenário otimista, será uma grande oportunidade de ganhar mercado. Ele, então, considera importante também avaliar a NCG de modo a mensurar a capacidade de caixa para sustentar este crescimento de mercado.

“Acredito que, para realizar todas as avaliações, ter um sistema operacional que consiga fornecer todos estes dados é uma prioridade, assim como ter profissionais capacitados internos ou terceirizados para apoiar nestas análises”, finaliza.

Neste cenário incerto, a Taxa de Retração Industrial acumula 6,5% de alta considerando todo o país e 18,2% para MPEs, demonstrando a queda na variedade de produtos disponíveis no mercado no período de 12 meses entre março do ano passado e fevereiro deste ano.

Para mais informações, basta acessar: http://trintaporcento.com.br/

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