Os casos de chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, aumentaram em Palmas. Segundo o Boletim Semanal das Arboviroses, produzido pela Secretaria Municipal da Saúde (Semus), do início deste ano até o último dia 09, a Capital notificou 873 casos suspeitos da enfermidade, sendo que 185 foram confirmados. No mesmo período do ano passado, o município somava apenas oito casos registrados.
Transmitidas pelo mesmo vetor, a doença tem sintomas semelhantes à dengue e zika. Além disso, a chikungunya também pode ser propagada pelo Aedes albopictus, outra espécie de mosquito. Enquanto a dengue ocasiona dores em todo corpo, a chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações, que podem ter evolução crônica. Ambas ocasionam manchas vermelhas pelo corpo e coceira.
Já a zika, na maioria dos casos, a doença apresenta uma evolução benigna, tendo como sintomas a vermelhidão nos olhos, coceira, febre baixa, dor de cabeça, dores leves nas articulações e manchas vermelhas na pele.
O cuidado contra as enfermidades segue o mesmo: separar 10 minutos por semana para vistoriar o quintal, recolher tudo aquilo que possa acumular água para romper o ciclo de vida do mosquito. Paralelo ao cuidado em casa, a Semus tem realizado um trabalho contínuo de prevenção contra o Aedes.
Trabalho permanente
A diretora de Vigilância em Saúde da Semus, Marêssa Castro, afirma que a Prefeitura de Palmas possui um trabalho permanente de luta contra o mosquito. Semanalmente, dados epidemiológicos são levantados e analisados para traçar estratégias e direcionar esforços no combate ao Aedes em diversas frentes de trabalho, tanto com visita domiciliar dos agentes de endemias, quanto com dos agentes comunitários de saúde, nas áreas de maior incidência de casos e ainda os ingressos forçados, realizados com o apoio da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP) e os fiscais de obras e posturas. O último foi realizado nesta segunda-feira, 18, na quadra 806 Sul (Arse 82), onde foram encontrados focos do mosquito em residências fechadas.
Marêssa orienta que a população permita a entrada desses profissionais em casa, pois esses servidores estão habilitados para auxiliar na melhor forma para prevenir o número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes. Além desse trabalho, diversas frentes da Semus têm se encontrado semanalmente em reuniões de planejamento de ações e estratégias e os profissionais da saúde têm se capacitado para garantir um atendimento ágil de enfrentamento e prevenção dessas enfermidades.
Dicas de Prevenção
Lavar por dentro com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes e etc.
Embalar para recolhimento todas as garrafas pet e de vidro vazias que não for usar. As garrafas de vidro não descartadas devem ser guardadas de boca para baixo ou em local coberto.
Se tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana.
Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc.
Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.
Manter a caixa d'água sempre fechada com tampas adequadas.
Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada. Não jogar em terreno baldio.
Não deixar a água da chuva acumulada.
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