O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) comemorou, em pronunciamento nesta quarta-feira (27), a operação da Polícia Federal para investigar as irregularidades na aquisição de respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia do coronavírus. O contrato no valor de R$ 48 milhões seria para a aquisição de 300 respiradores, que nunca foram entregues.
— A Polícia Federal, uma das instituições mais respeitadas do Brasil, deflagrou, juntamente com a Controladoria-Geral da União, uma importantíssima operação com 14 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Bahia, em busca de provas sobre aquele que ficou conhecido como "o calote da maconha".
O senador destacou que durante os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, no ano passado, insistiu para que fosse aberta uma investigação do Consórcio Nordeste, já que havia documentos comprovando que a empresa contratada, Hempcare, comercializa produtos à base de maconha. Para ele, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte investigou "o que a CPI do Senado não teve a coragem de fazer".
Girão também informou que entregou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, junto com o deputado estadual Kelps Lima, o relatório da CPI do Rio Grande do Norte (RN) sugerindo o indiciamento de dois governadores, Fátima Bezerra e Rui Costa, além de dois secretários estaduais, empresários e diretores do Consórcio Nordeste.
— Essa operação da Polícia Federal reacende as esperanças do brasileiro de bem por justiça. Afinal, esse crime não é apenas de corrupção, não. Engana-se quem pensa que esse crime é apenas de corrupção, pois ele foi praticado no período mais crítico da pandemia, causando mais dor, mais morte e desesperança. Para mim, isto é assassinato. Desviar verba pública em época de pandemia não é apenas corrupção contra a administração pública, mas assassinato — declarou.
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