A Frente Parlamentar pela Segurança de Crianças e Adolescentes no Trânsito foi instalada nesta quinta-feira (28). Os senadores Lasier Martins (Podemos-RS) e Fabiano Contarato (PT-ES) foram eleitos presidente e primeiro vice-presidente do colegiado, respectivamente. A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi designada segunda vice-presidente.
Criada após a aprovação de projeto de resolução (PRS 52/2021), a frente parlamentar, composta por três titulares e dois suplentes, tem o intuito de debater políticas públicas voltadas à segurança no trânsito focadas (mas não somente) em crianças e adolescentes. Além disso, os integrantes buscam subsidiar, com informações fidedignas e oportunas, as ações legislativas, com a finalidade de aumentar a segurança no trânsito.
Durante a reunião de instalação do colegiado, Lasier Martins falou da importância de ações legislativas para conter os índices de morte no trânsito, que atingem, em grande parte, crianças e adolescentes.
— O Brasil ocupava, na última década, o quinto lugar no ranking mundial de mortes por acidente de trânsito. Quase 30% das vítimas do país tinham de 15 a 29 anos de idade. Dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS, indicam que as lesões no trânsito são a principal causa de morte de pessoas com idades entre 5 e 29 anos. Segundo o Datasus, as crianças de zero a 14 anos têm no trânsito a sua principal causa externa, ou não natural, de morte.
O presidente da frente parlamentar também lembrou do trabalho da arquiteta e ativista Diza Gonzaga, criadora do programa Vida Urgente e da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, em Porto Alegre.
— Seu trabalho nessa entidade, que atua em favor da conscientização da segurança no trânsito, combatendo, por exemplo, o ato de dirigir alcoolizado, serve de base para as nossas ações. Ela criou a fundação após perder o filho, Thiago, em um acidente de carro, em 1995, e transformou seu luto e sua dor em luta.
O senador concluiu lembrando que o Brasil é signatário da Década de Ação pela Segurança no Trânsito — plano da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de reduzir em 50%, até 2030 , os índices de mortalidade no trânsito.
— É necessário um esforço político e técnico para essa redução. É evidente a necessidade de um mecanismo político coordenado capaz de acompanhar, auxiliar e fiscalizar a sua execução. Queremos civilidade e solidariedade para proteger a vida de nossas crianças e adolescentes.
Por Mateus Souza, sob supervisão de Sheyla Assunção
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