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Empresa de cartões dá dicas de como se proteger de golpes

De janeiro a outubro de 2021, mais de 3,4 milhões de golpes financeiros foram bloqueados no Brasil. Uze Cartões dá dicas para evitar transtornos e ...

03/05/2022 às 12h45
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
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Com o crescimento das transações virtuais, milhares de pessoas são vítimas de golpes financeiros diariamente. Segundo Luis Santos de Azevedo, Gerente de Tecnologia da Informação da Uze Cartões, hoje, tudo o que o golpista precisa é de informação, então é preciso ter bastante cuidado com o uso dos de dados pessoais, sobretudo no meio virtual. 

De janeiro a outubro de 2021, mais de 3,4 milhões de golpes financeiros foram bloqueados no Brasil, de acordo com relatório divulgado pela empresa de segurança digital PSafe. O número representa uma média superior a 11 mil tentativas diárias ou 400 fraudes online por hora.

Segundo o executivo de TI da Uze Cartões, é preciso de atentar para não cair nessas armadilhas. A primeira dica é não compartilhar dados. "Não é comum as empresas ligarem para clientes pedindo dados sensíveis. Portanto, sempre que precisar entrar em contato, o ideal é usar os canais oficiais da empresa. Por exemplo, ao instalar um aplicativo, verifique se este app é oficial da empresa que você quer baixar. Ou se precisar preencher algum formulário, verifique se o mesmo foi enviado pela empresa ou está ambientado em seu site oficial", explica.

Na dúvida, o executivo reforça que é preciso confirmar sempre informações pelos canais oficiais das empresas. 

"Outra dica de ouro é evitar muita exposição nas redes sociais, como em fotos, locais onde gosta de ir, escola onde seu filho estuda. Todas as informações são muito valiosas para o golpista", conta.

O segundo passo, é ter cuidado com transações bancárias e compras onlines. Ao entrar no site do banco, é preciso conferir se está mesmo no site do banco ao fazer uma transação. Uma forma de saber isso é se há um cadeado ao lado do endereço do site. "Uma dica que damos é não fazer transação financeira se estiver conectado a uma rede Wi-Fi pública. Essas redes não são seguras e podem ter malwares (software intencionalmente feito para causar danos a um computador) para roubar seus dados. Outra dica importante é sempre que possível opte por usar o 4G ou 3G para fazer transações financeiras, já que para atacar uma dessas redes é mais custoso e trabalhoso para o golpista", destaca Azevedo. No caso das compras online, é possível conferir se o site da loja é oficial veificando se na barra de endereço há o código https - significa que todos os dados daquela conexão estão sendo criptografados e a página é verdadeira.

O Pix rapidamente se tornou preferência na transferência de valores entre os consumidores, mas, segundo Azevedo, é preciso confirir sempre a chave e o nome do destinatário ao transferir dinheiro. "Se for receber um Pix, uma dica é passar a chave aleatória, com números gerados pelo Banco Central que mudam a cada transação. Outra instrução é ter um limite diário para transferências, que pode ser solicitado para seu banco ou no internet banking", comenta.

Outra dica é não clicar em links de promoções de lojas, viagens, restaurantes, supermercados, entre outros estabelecimentos, sem checar a veracidade dessas mensagens. "Se receber um boleto para pagamento, lembre-se, as instituições oficiais nunca pedem para que você envie todos os seus dados, geralmente apenas a confirmação de alguns dígitos do seu CPF para acessar alguma informação, já te passando uma prévia dos dados que possuem", alerta.

O executivo sempre orienta para nunca baixar aplicativos "genéricos". Há disponível na internet muitas versões de aplicativos bastante utilizados pela população em geral, como o Whatsapp GB. O executivo da Uze, explica que é muito importante não fazer o uso de softwares que não são originados do fabricante, uma vez que nunca sabemos por onde os dados estão trafegando e não há segurança, nem validação das informações que passam por lá. Portanto, o mais seguro é baixar softwares disponibilizados pelo próprio fornecedor.

No caso do cartão por aproximação, uma dica é usar capinhas magnéticas que o protejam de alguma maquininha muito próxima. "Os cartões contam com a tecnologia contactless (pagamento por aproximação) e é indicado manter o cartão afastado até que você possa conferir o valor da transação. Nunca mande fotos do seu cartão de crédito e nem passe o número dele para alguém por meio virtual, principalmente, o código de segurança do verso. Inclusive, mesmo nas compras em lojas físicas, sugerimos que seja colocado um adesivo no código de segurança do seu cartão para evitar, por exemplo, que a câmera do lojista pegue as informações do seu cartão", comenta.

Desconfiar de promoções incríveis também é importante. Nesse caso, segundo o executivo da Uze, podem ser páginas falsas para vender itens a preços muito baixos, mas que não existem. "Portanto, procure sempre a comunicação pelos canais oficiais da empresa", lembra.

Outro sinal de alerta é se o celular parar de funcionar. Segundo Azevedo, é possível que o chip dele pode ter sido clonado - técnica chamada de “sim swap”."Usando um outro equipamento, o golpista passa a ter acesso a todos os aplicativos que dependem do seu número de telefone, inclusive pedindo dinheiro aos seus amigos no WhatsApp e outros aplicativos. Além disso, uma boa dica é ativar a autenticação em duas etapas em todos os seus aplicativos. O WhatsApp, Facebook, Instagram e o Gmail, por exemplo, contam com essa função", reforça. 

Por fim, cada vez mais as instituições têm a necessidade de coletar dados para obter melhores avaliações de cenários futuros e para o próprio funcionamento dos seus serviços, entre esses dados, também estão os nossos. Com o surgimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei n° 13.709/2018, é possível tomar conhecimento de quais dados foram coletados e de que forma esses dados estão sendo utilizados dentro na instituição, solicitar a correção e portabilidade destes, bem como, pedir a eliminação de dados pessoais desnecessários ou em excesso. É possível também tomar conhecimento se há compartilhamento desses dados com terceiros.

Segundo o executivo da Uze, é importante saber se a empresa controladora está adequada às normas da LGPD. "Dessa forma, a possibilidade da empresa estar tratando seus dados da forma prevista na legislação é muito maior, consequentemente, traz uma maior segurança no que tange ao tratamento dos dados virtualmente. Com a lei em vigor, os titulares podem exercer e cobrar seus direitos."

 

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