A Comissão Temporária Externa de Petrópolis, criada para acompanhar a situação decorrente das fortes chuvas que atingiram o município, encerra seus trabalhos nesta quinta-feira (12), em reunião agendada para as 9h, quando será apresentado o relatório final do senador Carlos Portinho (PL-RJ). O documento destaca as consequências negativas do crescimento desordenado do município e a ausência de um plano de contingência efetivo para desastres, além de criticar a tomada de medidas “no calor dos acontecimentos, às pressas”.
De acordo com o relatório, “não basta ter um plano, por mais atual, completo e estruturado que seja no papel. É preciso treinar todos os órgãos e entidades envolvidos para a efetiva aplicação das medidas previstas no plano quando da ocorrência do desastre. E, ainda mais importante: é fundamental conscientizar esses órgãos e entidades, bem como a população em geral, para a necessidade de observar aquilo que está previsto no plano”.
Entre outras medidas, Carlos Portinho sugere aprimorar os sistemas de previsão de chuvas; dotar Petrópolis de uma entidade destinada a monitorar os riscos geológicos do município; aumentar a capacidade de drenagem de águas pluviais; e promover a desocupação de áreas de risco. Segundo ele, o governo federal promoveu uma rápida liberação de recursos, por meio de medida provisória, para ações de reconstrução. O senador também mencionou várias sugestões para reforço da estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) em Petrópolis.
A criação dessa comissão foi motivada pelas fortes chuvas que atingiram o município no início deste ano, que resultaram no que é considerado por muitos como a maior tragédia climática da história de Petrópolis, com mais de 230 mortes e centenas de desabrigados. Presidida pelo senador Romário (PL-RJ), a comissão promoveu quatro audiências públicas e uma diligência externa.
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