O senador Plínio Valério (PSDB-AM) quer saber por que os pequenos e médios produtores da região Norte, e especialmente do Amazonas, têm dificuldade para acessarem o crédito rural. Em pronunciamento nesta quarta-feira (11) ele avisou que vai pedir informações a respeito aos bancos oficiais.
Segundo o parlamentar, dados de 2021 do Banco Central revelam que dos quase R$230 bilhões contratados na forma de crédito rural, incluindo projetos de preservação ambiental, apenas R$195 milhões foram para o Amazonas, número que equivale a 0,08% do total.
Apesar de ser o maior estado da federação, o valor foi menor do que o contratado pelos produtores do Distrito Federal (R$ 236 milhões), informou o senador. Para ele, isso reforça a importância de que a Zona Franca de Manaus tem para a economia do Amazonas.
— Em outras palavras, esses contratos tão utilizados nos belos discursos mundo afora atingem quantidades e valores muito inferiores ao que seriam desejáveis. Observe-se ainda que o valor dos contratos para toda a região Norte soma apenas R$ 20,6 bilhões. Isso corresponde a 8,98% do total do país. Ainda assim, quase inteiramente concentrados no Pará e Rondônia. Isso nos permite supor que há problemas de capilaridade na rede de créditos, o que dificulta o acesso a regiões menos urbanizadas do país — alertou.
Plínio Valério informou ainda que, em 2021, foram firmados no Amazonas apenas 1.162 contratos de crédito rural. Em Goiás, foram 63.873 e no Rio Grande do Sul, 290.103.
O senador apontou ainda que pode haver algum problema que dificulte o exame dos projetos apresentados pelos produtores do Amazonas.
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