A influência da internet no cotidiano das pessoas já acontece há algum tempo, porém, a pandemia da Covid-19 potencializou esse cenário. A maneira como a sociedade passou a perceber a influência digital no dia a dia foi transformada.
De acordo com o Relatório de Visão Geral Global 2022, publicado pela We Are Social e Hootsuite, 4,95 bilhões de pessoas em todo o mundo têm acesso à internet. São 4,62 bilhões de perfis em redes sociais, número que cresceu 10% no último ano.
Uma pesquisa feita pelo Comitê Gestor de Internet (CGI.B) esse ano mostrou que a busca por informações relativas aos serviços de saúde e transações financeiras foram as que mais tiveram adeptos durante a pandemia. 77% dos entrevistados afirmaram ter procurado por informações sobre consultas, procedimentos e outros serviços da área. Para comparação, em 2019, em pesquisa semelhante, esse número era de 51%.
Esses dados confirmam, mais uma vez, a influência da internet no cotidiano e permite entender melhor o comportamento digital das pessoas, refletindo, também, na maneira como a população busca informações sobre profissionais e clínicas de saúde.
Para as clínicas que buscam no marketing digital uma ferramenta para a divulgação do seu trabalho, o bom uso das redes sociais se mostra bastante eficaz. O Brasil está entre os três países que mais usa o Instagram, a rede que mais gera engajamento por aqui.
Um trabalho sério, ético e com conteúdo sólido e confiável é uma estratégia forte para a divulgação de médicos, dentistas, psicólogos e clínicas, em geral. De acordo com Ricardo Nazar, especialista em Growth, investir no marketing digital é crucial para captar leads, fidelizar pessoas e gerar engajamento. “Ser ético e constante nas postagens, buscar aumentar o nível de consciência do público e interligar ações orgânicas com estratégias de growth são pontos fundamentais no trabalho das mídias sociais”, explica.
Marketing digital e ética profissional
A gestão estratégica nas clínicas de saúde é impactada por esse perfil todos os dias e a busca por soluções que dialoguem com esse novo paciente é fundamental para gerar essa conexão.
O marketing digital pode, e deve, ser usado por esses profissionais, desde que respeite sempre os limites éticos e legais, além, claro, da veracidade das informações publicadas.
Para a classe médica, por exemplo, é obrigatório seguir as regras de publicidade descritas no Código de Ética Médica, que estabelece o compromisso com a sociedade, respeito ao indivíduo, sua privacidade e intimidade, sempre levando informação e orientação educativa, sendo incompatível com práticas meramente comerciais.
De acordo com o Manual de Publicidade Médica, Resolução CFM n 1974/11, é preciso sempre deixar claro o nome do profissional, a especialidade e o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina, por exemplo. Assim como proíbe a autopromoção, a divulgação de tratamentos sem comprovação científica e a divulgação de antes e depois, dentre outras regras a serem seguidas.
Como trabalhar o marketing digital para clínicas
Conhecendo as proibições de cada conselho e seguindo a ética necessária, o foco deve estar no esclarecimento, educação e em conteúdos que tragam benefícios para a sociedade.
De acordo com Nazar, ações de marketing eficientes são aquelas que promovem resultados efetivos e aumentem o número de consultas particulares, por exemplo.
“É totalmente possível promover o crescimento em um perfil social sem ofertas, propagandas ou anúncios tradicionais conhecendo, apenas, estratégias de growth, social media e tráfego”, finaliza.
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