Em sessão solene do Congresso Nacional ,nesta segunda-feira (16), em homenagem aos líderes comunitários, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) enalteceu a categoria e destacou o trabalho incansável de homens e mulheres dotados de “paciência, sabedoria, desapego, força e determinação” que conduziram a população a conquistas em todas as áreas.
— Ao longo da História, as grandes transformações só aconteceram porque tiveram grandes líderes. Eles se levantaram pela democracia, em defesa de seu país contra as discriminações raciais, sociais e religiosas — pontuou o senador.
Izalci, que presidiu a sessão e foi autor do requerimento de homenagem, junto com o deputado Dagoberto Nogueira (PSDB-SP), elogiou em especial o espírito de liderança do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) e do ex-governador Joaquim Roriz (1936-2018), que, conforme destacou, foram pessoas determinantes para a criação e o desenvolvimento do Distrito Federal. Para ele, os líderes atuais podem fazer ainda mais e melhor pelo seu povo.
Osenador Zequinha Marinho (PL-PA) também cumprimentou os líderes comunitários do Pará, lembrando que são pessoas que fazem a diferença na intermediação entre a sociedade civil e a gestão pública. Para Zequinha, são esses líderes que conhecem os problemas e dificuldades da comunidade no dia-a-dia e estão prontos a escutar os cidadãos e auxiliar as autoridades.
— Os líderes comunitários muitas vezes são eleitos espontaneamente pelos moradores das localidades em que estão inseridos para serem a voz que os representa. Não é pouca coisa. Eles são peças importantíssimas no processo democrático da representatividade — disse o parlamentar.
Durante a sessão, que foi assistida por um grande número de líderes comunitários, Edilamar de Souza e Souza Correia – presidente da Federação Habitacional do Sol Nascente (DF) — citou os sacrifícios enfrentados pela categoria para se fazer a “voz de muitas e muitas vozes”.
— Quando a pessoa é escolhida para ser um líder, é um privilégio, mas é uma missão muito pesada. O verdadeiro líder não escolhe ser líder, é escolhido; é uma dádiva — opinou Edilamar.
Por sua vez, o vice-prefeito de Alexânia (GO), Matheus da Silva Ramos, definiu a liderança comunitária como uma causa nobre para o bem de todos. Ele considera necessário despertar a vocação em novos líderes dotados de idealismo e vontade de mudar a realidade dos brasileiros.
— Temos um Brasil cansado e desgastado com a política e, com razão, quando assistimos pessoas que usam deste espaço para defender seus interesses públicos, cada vez mais silenciando a voz dos cidadãos — protestou.
O presidente da Associação Nacional dos Líderes Comunitários do Brasil (Analc), Ilço Firmino, cobrou maior proximidade com os parlamentares para a defesa dos menos favorecidos; Henrique França, presidente da ONG Salve a Si, pediu empenho dos líderes no enfrentamento às drogas; e Rogério Barba, diretor do coletivo cultural Barba na Rua, defendeu o acolhimento de pessoas com maior necessidade.
O Dia Nacional do Líder Comunitário, comemorado em 5 de maio, foi instituído, pela Lei 11.287, de 2006, para celebrar a importância do líder comunitário, que faz uma ponte entre a população e os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
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