Em pronunciamento nesta quarta-feira (18), o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) criticou o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o chefe do Executivo não respeita os limites entre o que é público e o que é privado. Kajuru citou como exemplo a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de assumir a defesa de Walderice Santos da Conceição, também conhecida como Wal do Açaí, suspeita de ter sido funcionária fantasma de Bolsonaro quando este era deputado federal.
— Como se justifica a AGU defender o presidente numa ação que envolve fatos anteriores à sua investidura no cargo? Mais grave ainda do que a AGU se transformar numa espécie de AGJ, Advocacia-Geral do Jair, é essa instituição assumir a defesa de um personagem sem relação com o poder público! — protestou o senador.
Kajuru disse que o desrespeito aos limites entre público e privado é muito comum no Brasil e é uma das particularidades do chamado “patrimonialismo”. Ele ressaltou que, para estudiosos do assunto, esse costume talvez seja “seja o maior empecilho ao desenvolvimento político, social e econômico do país”.
— Esse é um ponto perceptível quando observamos certas ações do atual chefe do Executivo brasileiro, que não se preocupa em disfarçar o quanto coloca o aparelho do Estado a seu serviço pessoal, dos amigos e dos aliados políticos. Dane-se qualquer princípio republicano!
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