A obra Senado por Elas: casos de inspirações e superações, com relatos pessoais de 14 senadoras e 16 mulheres proeminentes em seus campos de atuação, foi lançada na Biblioteca do Senado nessa terça-feira (31). O livro é o volume 297 da coleção Edições do Senado Federal, que desde 2003 apresenta títulos de interesse público nos campos de história, literatura e direito.
O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que assina o prefácio do livro, inaugurou a solenidade com comentários sobre a responsabilidade de ser um homem a introduzir os textos com lutas e conquistas de mulheres reconhecidamente fortes. Segundo ele, a grande lição é que não basta ser contra a violência e silenciamento das vozes femininas: é preciso ouvi-las com atenção.
— A participação da presidência é um fator importante de legitimidade para essa obra. A política ainda é um ambiente hostil a muitas mulheres. Candidatas e mandatárias são julgadas pelo modo vestir e vida pessoal, o que raramente ocorre com os homens. É um argumento perverso que afasta mulheres competentes — refletiu.
Uma das autoras da obra, a senadora Leila Barros (Cidadania-DF), também à frente da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, afirmou que o intuito da publicação é jogar luz à luta por equidade no meio político e mostrar como a causa une mulheres de diferentes crenças políticas.
— O machismo é uma questão cultural. O processo iniciado nesta legislatura faz com que senadoras de todos os espectros políticos se unam em torno de questões fundamentais, e tenho orgulho da nossa bancada feminina por isso. Em qualquer lugar, a luta por respeito e contra a violência deve acontecer — disse.
A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, apontou que o livro complementa as diversas ações de conscientização promovidas pela Casa em prol da equidade de gênero. Na última segunda-feira (30), por exemplo, o Plenário recebeu o seminário "Mais Mulheres na Política," com transmissão ao vivo pela TV Senado e pelo portal e-Cidadania.
— Estamos em um período de transformação. Há uma mudança cultural e social em curso que vai colocar a diversidade e equidade como valores essenciais à sociedade. Com esses eventos, nós tentamos acelerar o passo, mas só saberemos o tamanho do avanço em outubro, quando queremos poder comemorar mais mulheres em posições importantes no Legislativo — disse Ilana.
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