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Mercado de assinaturas deve mais que dobrar até 2025

Atualmente avaliado em US$ 650 bilhões, o setor pode atingir a marca de US$ 1,5 trilhão em três anos, segundo relatório.

01/06/2022 às 13h10
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A economia de recorrência segue aquecida e deve mais que dobrar até 2025, conforme relatório da Lineup divulgado pelo site What's New In Publishing. Atualmente avaliado em US$ 650 bilhões, o mercado de assinaturas digitais pode atingir a marca de US$ 1,5 trilhão em três anos, estimulado por fatores como a expansão dos modelos de monetização, o avanço tecnológico, o consumo verde e as estratégias de retenção com foco na personalização.

De acordo com o relatório, algumas tendências devem impulsionar o crescimento do mercado de assinaturas digitais com foco nos veículos de comunicação, entre elas: a expansão das ofertas de assinatura incentivadas pelos criadores de conteúdo em plataformas de mídias sociais; a consolidação de modelos alternativos de produção de notícia; e a personalização de conteúdo como fator de maior relevância para a retenção de assinantes.

Um dos seis segmentos desse mercado, os publishers estão na dianteira desse processo. Para Thiago Lins, publicitário e CGO da Robox, uma plataforma para gestão e venda de conteúdo por assinatura, trata-se de uma solução atraente para editores que desejem diversificar suas fontes de receita, diminuir a dependência da publicidade e garantir, assim, a sustentabilidade do seu negócio.

“Não podemos esquecer que, muito antes da febre dos clubes de assinatura, atenuada especialmente nos últimos dois anos pela pandemia da Covid-19, foram os publishers os verdadeiros pioneiros da economia de recorrência. Mas a maioria deles não estavam preparados para um mercado totalmente digital que, mais do que facilidades tecnológicas, exige diferenciais competitivos”, destaca o especialista.

Um exemplo citado no documento são as ferramentas de disparo de newsletters, que puseram em evidência o prestígio de jornalistas individuais, sua capacidade de influência e o potencial do conteúdo especializado. Para Thiago Lins, a produção de conteúdo com foco no usuário deve orientar as práticas do mercado editorial no contexto de transformação digital.

“São as novas caras de um jornalismo que, apesar de promissor, precisa se reinventar. É um mercado que requer imersão no negócio e metodologias de inovação muito bem estabelecidas, com ofertas de assinatura personalizáveis e flexíveis. Por isso, publishers que criam pacotes e adotam modelos híbridos de monetização estarão sempre um passo à frente daqueles que adotam uma abordagem única”, pondera o publicitário.

E as opções são diversas. Além da tradicional publicidade - que hoje disputa espaço com as big techs - e dos já conhecidos paywalls, ou seja, a cobrança para que o usuário tenha acesso a determinados conteúdos mediante assinatura, o mercado vive o que tem sido chamado de “segunda onda das assinaturas”. Nessa conjuntura, mais do que a entrega do conteúdo, especialistas defendem que a proposta de valor consiste em proporcionar experiências aos assinantes.

Um outro fator que deve contribuir para a expansão do mercado editorial no ecossistema digital é o avanço tecnológico e o crescimento do número de pessoas com acesso à Internet. Conforme relatório da DataReportal, mais de 5 bilhões de pessoas, ou seja, 63% da população mundial já está online. Além disso, um outro levantamento do What’s New in Publishing aponta que 75% do consumo de notícias agora acontece pelo celular.

Números que, de acordo com o CGO da Robox, são decisivos para os novos rumos da indústria da comunicação. "Se quer obter sucesso e construir negócios digitais rentáveis, o publisher deve testar formas de monetização distintas e estar disposto a inovar sempre", reitera e finaliza Lins.

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