Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizado em 2021, era possível mensurar que 78,3% dos brasileiros já estavam conectados à Internet, colocando o Brasil na quinta posição do ranking dos países com maiores populações consumidoras de dados. Um outro estudo, divulgado pela plataforma CupomVálido, aponta que o Brasil é o 3º país que mais usa redes sociais no mundo, com uma média de 3 horas e 42 minutos por dia, de acordo com a pesquisa que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial sobre o uso dessas mídias a nível mundial.
De acordo com o relatório da CupomVálido, mais de 4,2 bilhões de pessoas utilizam redes sociais pelo mundo, o que representa 53,6% da população mundial. O levantamento aponta que os brasileiros ficam atrás somente de usuários das redes sociais nas Filipinas e na Colômbia, que gastam em média 4 horas e 15 minutos e 3 horas e 45 minutos, respectivamente.
Informações pulicadas em agosto de ano passado pelo portal Agência Brasil, revelam que com a chegada do 5G, o Governo Federal espera aumentar a infraestrutura de internet no país, e com isso, levar internet para 6,9 mil escolas públicas urbanas que hoje não têm acesso à internet. A publicação ainda enfatiza que as escolas começarão a receber essa infraestrutura já nos primeiros anos da instalação do 5G no Brasil, além disso, o edital do 5G prevê investimentos para levar internet de alta velocidade para todas as escolas brasileiras em locais com mais de 600 habitantes até 2029.
Segundo o Ministério das Comunicações, o Brasil está no caminho certo para conectar cada vez mais pessoas à internet e, que a tecnologia 5G terá um papel importantíssimo nessa ampliação. A publicação na página oficial do governo prevê que até o fim de 2022 todas as capitais brasileiras terão o 5G "puro" (standalone) funcionando.
Para Luis Arís, gerente de desenvolvimento de negócios da Paessler LATAM, um outro ponto a ser levado em consideração com a chegada do 5G e o projeto do governo brasileiro de levar o acesso à internet/dados de qualidade para todo o país, é que a tecnologia 5G irá multiplicar a distribuição geográfica dos data centers e ampliar os desafios de se gerir essas "fábricas de dados".
Arís conta que ao levar o processamento de dados para as bordas da rede, fica mais fácil atingir velocidades de no mínimo 50 megabits por segundo, com índices de latência 10 vezes mais baixos do que os oferecidos pelas redes 4G. O executivo explica que a baixa latência trazida pelo 5G exige sites de edge computing para se tornar tangível. "Em geral, acredita-se que a velocidade de processamento e entrega de dados da rede 5G será até 100 vezes superior à das redes 4G (dados da Next Generation Mobile Networks Alliance)", relata Arís.
De acordo com o executivo da Paessler, para atingir essas metas, operadoras de todos os portes - incluindo os cada vez mais capitalizados e consolidados ISPs - e grandes empresas usuárias estão, neste exato momento, estudando como distribuir geograficamente e ampliar o tamanho de seus data centers. Segundo a pesquisa "Data Center 2025: Mais Próximo do Edge", desenvolvida em 2019 pela Vertiv, a partir de entrevistas com 800 gestores de data centers, a quantidade de data centers voltados às funções de edge computing deverá crescer 226% até 2025. Para a consultoria norte-americana Medium, até 2025, 75% dos dados corporativos serão processados em data centers implementados na borda da rede. Hoje essa marca está em 10%.
"Quer seja um data center implementado nos grandes centros, quer seja uma unidade de processamento modular, com tamanhos que variam de um gabinete a um andar, passando por modelos em contêineres, a lógica que rege esse mercado é a mesma: o data center é um ambiente crítico que tem de entregar serviços digitais de excelente qualidade", afirma Luis Arís.
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