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Avança criação de semana nacional de conscientização sobre problemas vasculares
A Semana Nacional de Conscientização sobre Hemangiomas e Anomalias Vasculares poderá passar a ser promovida anualmente, na semana do dia 15 de maio...
07/06/2022 12h15
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Senado
Relatora, Zenaide Maia defendeu aprovação da proposta, que prevê campanha anual no mês de maio - Pedro França/Agência Senado

A Semana Nacional de Conscientização sobre Hemangiomas e Anomalias Vasculares poderá passar a ser promovida anualmente, na semana do dia 15 de maio. Um projeto de lei com essa finalidade (PL 710/2020) foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta terça-feira (7) e segue para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). 

A matéria, de autoria do deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), recebeu parecer favorável da relatora, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN). Ela apresentou apenas uma emenda de redação para adicionar a palavra "nacional" no nome do evento a ser criado. 

— Adianto a importância de a gente dar conhecimento à população e aos profissionais de saúde, porque é fundamental diagnosticar precocemente, assim como acontece com todas as anomalias — declarou.

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De acordo com o projeto, as atividades a serem desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na semana de conscientização serão: promover o conhecimento da população acerca das anomalias nos vasos sanguíneos; informar os pacientes sobre as formas de tratamento, diagnóstico, prevenção e outros aspectos de interesse sobre o assunto; e desenvolver ações de prevenção, de detecção precoce e de tratamento das anomalias vasculares. 

Também deverão ser desenvolvidas ações para capacitar os recursos humanos dos serviços de saúde sobre o manejo adequado dos problemas vasculares; combater o preconceito e a discriminação relacionados aos hemangiomas e às anomalias vasculares, por meio de campanhas de esclarecimento; e promover outras ações a serem definidas pelos gestores públicos de saúde. 

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Estigma

Zenaide Maia considera que as atividades previstas no projeto contribuirão para reduzir o estigma a que são submetidas as pessoas com anomalias vasculares e para aprimorar os mecanismos de detecção precoce das lesões e ampliar o conhecimento da população e dos profissionais de saúde a respeito dessas afecções. A senadora ressaltou que a data escolhida, 15 de maio, é considerada o Dia Internacional de Conscientização sobre as Anomalias Vasculares, o que induz à realização de eventos ligados à enfermidade em todo o mundo, durante o mês de maio.

Anomalias vasculares são alterações nos vasos sanguíneos (veias, artérias, vasos capilares e nódulos linfáticos ou linfonodos). Elas se dividem em dois grupos principais: tumores — que são as lesões proliferativas, como os hemangiomas e linfangiomas — e malformações originadas por dilatação anormal (ectasia) nos vasos. 

Os tumores podem resultar do crescimento de um único tipo de vaso sanguíneo (a exemplo do hemangioma) ou linfático (linfangioma), ou de uma combinação de dois tipos. Hemangioma é um conjunto de pequenos vasos sanguíneos que se aglomeram em determinado ponto do corpo. Os vasos costumam estar bem entrelaçados, com aparência de um novelo de lã. As pequenas veias encontram-se englobadas por uma cápsula fibrosa, caracterizando um tumor benigno. 

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Linfangioma é um tumor congênito (de nascença), benigno e raro. Resulta do crescimento anormal de um tecido do sistema linfático e causa cistos. Com o passar dos anos, essas anomalias podem se tornar volumosas e causar problemas às pessoas, dependendo do vaso envolvido na lesão. Esses problemas variam desde muito discretos até casos graves e potencialmente letais. Já as ectasias vasculares (angiodisplasias ou malformações arteriovenosas) são vasos dilatados e tortuosos. Ocorrem principalmente no intestino e em pessoas mais idosas. 

Diagnóstico na infância

Zenaide observou que os hemangiomas em crianças provocam grande angústia nos pais porque, além de representarem uma deformidade estética considerável, podem também estar associadas a diversas síndromes genéticas com graves implicações sobre a saúde infantil.

Segundo a senadora, é de grande importância para o pediatra a diferenciação entre as malformações e os tumores vasculares que se apresentam durante a infância, uma vez que o diagnóstico pode mudar o direcionamento do tratamento e o desfecho para o paciente.