Com o avanço da vacinação e controle mais efetivo da pandemia, os países desenvolvidos estão estudando projetos para minimizar os danos causados pela Covid-19 e atrair o principal recurso para crescimento de um país: capital humano qualificado. Canadá, Nova Zelândia e principalmente o Reino Unido, estão elaborando alternativas que tornem a imigração mais acessível para profissionais qualificados. O formato mais comum é através da educação superior, o que permite a inserção natural desses profissionais no mercado de trabalho local.
Por outro lado, os brasileiros estão cada vez mais buscando oportunidades de estudar no exterior. Segundo pesquisa realizada pela Belta, associação das agências de educação internacional no Brasil, 47% dos brasileiros entre 15 a 29 anos têm interesse em viver em outro país. A tendencia é que em poucos anos, grande parte desses estudantes estejam vivendo em terras internacionais.
O Reino Unido atrai todos os anos milhares de pessoas em busca de oportunidades de trabalho permanente ou apenas de desenvolvimento profissional, mas que também acabam despertando o desejo de permanecer em terras britânicas.
A educação é a mais nova aliada desses e de tantos outros perfis de pessoas que desejam imigrar para o Reino Unido e iniciar ou transformar sua carreira profissional e, consequentemente, a sua vida. São novas diretrizes de imigração adotadas pelos governos do bloco que facilitam o processo de intercâmbio e de adaptação para estudantes de mestrado e MBA. Em pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial e QS Quacquarelli Symond, Londres foi eleita a melhor cidade para estudantes internacionais do mundo.
Agora, uma das grandes vantagens de se realizar um mestrado ou MBA no Reino Unido é a possibilidade de levar seus dependentes para o seu destino. Além disso, o cônjuge tem o direito de trabalhar full time (40 horas por semana) durante o período de estudos do marido ou esposa. Enquanto isso, o estudante pode trabalhar legalmente part time (correspondente a 20 horas por semana). Após o término dos estudos de mestrado, ambos podem trabalhar full time. Um grande diferencial não apenas de incentivo para os estudos, mas para todo o processo de imigração, tendo em vista que a família estará unida e participativa desde o início da viagem.
Outra novidade é que após concluir seus estudos a pessoa ganha automaticamente mais dois anos de visto de trabalho no país, um período considerável e suficiente para que ela possa desenvolver suas habilidades e conhecimentos em sua área de atuação e, assim, estabilizar-se como profissional. De acordo com Kamil Daiha, Diretor Executivo da CCI Brasil, 'Canadá, Austrália e Nova Zelândia já ofereciam o chamado PGWP (visto de trabalho pós-estudos) há alguns anos. O Reino Unido iniciou há menos de 1 ano e já se tornou o destino mais procurado pelos nossos clientes". Daiha acredita que a possibilidade de trabalhar após concluir um mestrado se torna mais factível quando já se tem o visto em mãos, evitando a necessidade de ter uma oferta de trabalho antes.
O mestrado no Reino Unido se torna ainda mais atrativo quando se pensa no bolso. A partir de 12 mil libras esterlinas é possível realizar um mestrado em um de seus países, Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte ou País de Gales. Em termos de comparação, um mestrado no Canadá não sai por menos de 24 mil dólares canadenses e, na Nova Zelândia, outro destino bastante buscado por brasileiros, um mestrado fica em torno de 40 mil dólares neozelandês.
Outra preocupação dos brasileiros é em relação ao custo de vida onde a moeda é muito mais valorizada que o Real, além do Dólar americano e Euro. "O custo de vida no Reino Unido é muito mais baixo do que no Brasil, principalmente nas cidades menores. Mas o estudante só consegue sentir isso quando começa a trabalhar. De fato, é difícil ganhar em Real e gastar em Libra. Mas quando o estudante começa a ganhar em Libra, as receitas começam a se ajustar às despesas", afirma Daiha. O diretor da CCI também afirma que antes de definir qualquer programa ou universidade, é feita uma mentoria online para o estudante compreender todos os custos e o potencial de ganho em cada destino. Essa mentoria é feita de maneira cuidadosa para alinhar o real interesse do estudante com a região e universidade mais adequada aos seus objetivos.
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