O Senado promoveu nesta segunda-feira (20) sessão especial para celebrar o Dia do Bombeiro Militar. A data é comemorada em 2 de julho — referência ao dia de criação do primeiro Corpo de Bombeiro no país, em 1856. O autor do requerimento para a realização da homenagem, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), destacou que há pelo menos 20 anos 80% da população brasileira considera o Corpo de Bombeiros a instituição mais confiável do Brasil. Para ele, a missão de salvar vidas exercida com excelência por esses profissionais precisa de reconhecimento e valorização à altura do desafio que eles assumem diariamente.
— É preciso promover e dar aos nossos policiais bombeiros aquilo que têm direito. Há que se observar o que está sendo feito com as vagas nos cursos e que sejam justamente preenchidas, espero, que em razão de suas demandas. Eu creio que algumas coisas foram finalmente reconhecidas, mas temos muitas outras que precisam de atenção, carinho e cuidado não só aqui nesta Casa de Leis, mas, sobretudo, no Executivo e no Judiciário, que completam os nossos três Poderes — disse Izalci.
Para a chefe da Seção de Relações Públicas do Corpo de Bombeiros Militar do DF, tenente Caroline Meneses da Silva, a homenagem reitera a trajetória dos profissionais que têm como lema, citado no Hino do Soldado do Fogo, “Vidas alheias e riquezas a salvar”.
— Militares do norte ao sul deste país salvando vidas, seja na terra, na água ou no ar, nos serviços de prevenção ou de combate a incêndios em edificações ou florestais, na busca e salvamento, nas perícias, no atendimento pré-hospitalar e em tantos serviços sociais em que atuamos, como em campanhas de aleitamento materno, nas doações de sangue, na campanha do agasalho e em diversas outras. Onde estiver uma vida a salvar e nosso brado tocar, nosso militar atuará — disse.
O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF, coronel Élcio Alves Barbosa, classificou o trabalho como desafiador ao ter que se deparar com o desconhecido no dia a dia.
— É fascinante salvar vidas. É fascinante ouvir o brado geral e sair correndo sem saber o que vamos encontrar. Para nós é sempre um desafio deixar nossas famílias em casa e irmos atrás do desconhecido, irmos enfrentar um incêndio, enfrentar um acidente automobilístico, prédios em chamas e entrarmos com coragem, com a técnica e tudo que nos foi ensinado. Isso para nós é fascinante, é desafiador; mas é gratificante, ao final de um serviço, você ter salvado vidas, você ter preservado patrimônios e ter colocado pessoas de volta às suas famílias — afirmou.
O chefe do Estado-Maior-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF, coronel Claudio Lucio de Araújo Goes, falou da emoção por servir à sociedade.
— E vou dizer: é maravilhoso poder salvar patrimônio, entrar num incêndio com uma mangueira de incêndio pressurizada, lutando contra a força da mangueira, e apagar um incêndio. É verdade que a gente sai de lá cheirando a fumaça, mas é maravilhoso. É maravilhoso poder receber um abraço da pessoa que teve a sua residência salva. Mais maravilhoso ainda é salvar uma vida, não só salvar, mas poder ter a oportunidade de colocar uma vida nesse mundo, de receber uma criança nas mãos dentro de uma ambulância, e a oportunidade de poder salvar vidas através de nosso serviço de resgate aéreo — relatou.
O serviço aéreo de resgate também foi destacado pelo ex-chefe adjunto da Casa Militar Luiz Carlos Guimarães Vianna. Esse meio, segundo ele foi um avanço para o DF e imediações já que não permitiu apenas o atendimento em maior velocidade, mas também a existência de uma unidade hospitalar no próprio local da ocorrência.
— Esse é um serviço que hoje leva à nossa comunidade um atendimento de primeiro mundo, que muitos não têm condições de ter, com uma aeronave, como nós prestamos. Faço essa referência porque foi a minha atividade precípua no Corpo de Bombeiros, e, com isso, eu marquei uma passagem que, pelo que vejo, está me trazendo hoje aqui, nesta Casa de leis, que muito tem nos ajudado e cooperado com a nossa corporação — observou.
Izalci homenageou três bombeiros do DF que se destacaram recentemente.
Receberam o título de homenagem o tenente-coronel José Evoide, epidemiologista que trabalhou no enfrentamento à pandemia de covid-19; a terceira-sargento Sara Carneiro Gomez, campeã mundial na prova Toughest Firefighter Alive, na categoria 35 a 39 anos, feminino. Ela também foi a terceira colocada geral e campeã mundial da prova corrida de escada, na categoria 35 a 39 anos, feminino. E a tenente-coronel fisioterapeuta Roneide Nogueira França da Costa, que atua no atendimento e reabilitação dos bombeiros com restrições médicas para o retorno à atividade operacional.
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