A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta quarta-feira (22) o projeto de lei (PL) 694/2022, que institui a Semana Nacional para Prevenção e Tratamento da Incontinência Urinária e o Dia Nacional da Incontinência Urinária. Do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a proposta recebeu parecer favorável do relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO). O texto segue para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação em Plenário.
Pelo projeto, o Dia Nacional da Incontinência Urinária será celebrado em 14 de março (mesma data do dia internacional) e a Semana Nacional para Prevenção e Tratamento da Incontinência Urinária, de 14 a 21 de março. Para Nelsinho Trad, é preciso conscientizar a população sobre essa patologia e alertar para seu diagnóstico, os tratamentos apropriados e os impactos na vida dos afetados.
“De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 35% das mulheres com mais de 40 anos e após a menopausa lidam com o problema. Na população brasileira, incluindo homens e mulheres, estima-se que 5% sofram de incontinência”, explica Trad na justificação do projeto.
Segundo o relator, uma em cada 25 pessoas no Brasil sofre de incontinência urinária. Caracterizada pela perda involuntária de urina, ela está entre as patologias do trato urinário mais comuns no Brasil. “O envelhecimento aumenta a probabilidade de incontinência, pois a queda nos níveis hormonais, bem como a perda de força muscular e alterações na bexiga, são os principais causadores. Os impactos na vida da pessoa que convive com esses tipos de distúrbios são muitos, diz Eduardo Gomes. Podem acontecer mudanças comportamentais, de produtividade e nos hábitos sociais, o que pode levar à depressão”, afirma.
São três os tipos de incontinência urinária. A de esforço é caracterizada pela perda de urina ao realizar algum tipo de estímulo físico, como tossir, rir, fazer exercícios entre outros. Já a de urgência, é quando ocorre a vontade súbita de urinar em meio as atividades diárias e acontece um escape antes de chegar ao banheiro. Por fim, a mista é a junção dos dois tipos, sendo que o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a micção pela uretra. Os tratamentos variam de acordo com o tipo e cada caso e podem envolver fisioterapia, orientações dietéticas e comportamentais, uso de medicamentos ou mesmo cirurgia.