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Paim denuncia descaso do governo com ensino técnico-profissionalizante
Em pronunciamento nesta terça-feira (28), o senador Paulo Paim (PT-RS) denunciou o descaso do governo com o ensino técnico e profissionalizante, ma...
28/06/2022 18h45
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Senado
Em pronunciamento, senador condenou redução do orçamento na área - Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento nesta terça-feira (28), o senador Paulo Paim (PT-RS) denunciou o descaso do governo com o ensino técnico e profissionalizante, manifestado, na avaliação dele, pela redução de 20% no orçamento da área. 

Segundo Paim, no ano passado o valor destinado ao setor baixou de R$ 2,39 bilhões para R$ 1,91 bilhão. Ele lembrou ainda que, até 2003, o país contava com 140 escolas técnicas, e o número saltou para 500, dos quais 38 institutos federais que atuam nos mais diversos setores, como informática, mecânica, eletrônica e agropecuária. O senador advertiu que, sem os devidos investimentos, o país corre o risco de não ter mão de obra capacitada para o mercado de trabalho. 

— A falta de dinheiro está prejudicando até a compra de insumos para os laboratórios. Aliás, há laboratórios de pesquisa que hoje estão funcionando em contêineres, segundo eles. Traz impacto até na modernização de computadores, equipamento de informática, a base do mundo moderno. Falta dinheiro também para a ampliação de salas de aulas, refeitórios, banheiros.

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Pronatec

Paim aproveitou para defender a aprovação do PLC 102/2018, que amplia o leque de instituições de assistência técnica e extensão rural aptas a participar do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O projeto estava na ordem do dia do Plenário desta terça.

O senador também defendeu a aprovação, pelo Senado, do PLP 126/2020, que institui o fundo de desenvolvimento do ensino profissional e qualificação do trabalhador (Fundep), para custear a educação profissional.

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— O ensino técnico é vertente de novos conhecimentos, de inovação tecnológica, de pesquisa e capacitação para o trabalho, de combate ao desemprego. Até existe emprego, [o que] não tem, muitas vezes, é profissional formado. É instrumento de combate aos preconceitos, de diminuição da violência. É fundamental na construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Ajuda até na disciplina, porque assim lá eu percebi — disse Paim, relatando que foi estudante do Senai quando jovem e conseguiu, a partir do curso, emprego na indústria metalúrgica.