O senador Paulo Rocha (PT-PA) destacou, em pronunciamento nesta quarta-feira (29), artigo de sua autoria publicado na semana passada - Amazônia é nossa. O parlamentar esclareceu que o objetivo com a publicação foi dar uma resposta ao teólogo Leonardo Boff, personagem notável da Teologia da Libertação, que, em entrevista, afirmou que a Amazônia deve ser "internacionalizada e ter gestão global".
Pela importância do tema, o parlamentar pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que o texto do artigo seja inserido nos anais do Senado. De acordo com o senador, Boff justificou, em seus argumentos, que considera o bioma amazônico pertencente aos outros nove países do qual faz parte, e não apenas ao Brasil, e que o bioma também “constitui um bem comum da Terra e da humanidade”.
Paulo Rocha declarou, ainda, que considera Leonardo Boff um “dos maiores intelectuais e homens públicos que o Brasil já produziu”. Ressaltou, por exemplo, sua produção intelectual, além da sua dedicação relacionada aos direitos humanos, o combate à pobreza e às desigualdades sociais no Brasil.
— Não obstante, para não dar margem a especulações ou a confusões, devemos esclarecer que o Partido dos Trabalhadores discorda do eminente Leonardo Boff nesta questão específica. O PT considera que a soberania do Brasil sobre a Amazônia é incontestável, não podendo ser relativizada em nome do imprescindível combate mundial às mudanças climáticas. Em nosso entendimento, a soberania nacional sobre a Amazônia não implica submetê-la a ações predatórias ou negligenciar nossos compromissos ambientais internacionais, como faz, de forma criminosa, o atual governo — declarou.