O senador Plínio Valério (PSDB-AM) chamou a atenção para a ação de piratas que abordam embarcações para roubar cargas e combustível nos rio que cortam o Amazonas.
Em pronunciamento nesta quarta-feira (6), ele informou que somente nos primeiros quatro meses deste ano foram quatro assaltos, número que corresponde a metade do que foi registrado em 2021, de acordo com o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas (Sindarma). Nessas ações, 1,5 milhões de litros de combustível foram levados pelos bandidos, insumo usado no abastecimento de postos e na produção de energia.
— É um problema a mais para a nossa população, que depende do diesel para ter acesso à eletricidade e, assim, usar geladeira, televisão e até lâmpadas — disse.
Plínio Valério lamentou que esse problema não chega ao conhecimento do restante do mundo, que pensa na Amazônia apenas como uma região que sofre com o desmatamento. O senador afirmou que as mazelas vão muito além disso e lembrou que quem vive lá sofre com a pobreza também.
— A Amazônia tem 56% do território nacional, mas apenas 10% da população. No meu estado, o Amazonas, um estado riquíssimo, 47% da população vive abaixo da linha da pobreza. 9 milhões de residências da Amazônia não têm condições de comprar uma só cesta básica. E o discurso é feito para isso, para chamar a atenção do que nós precisamos: de ajuda, de cooperação, de parceira, sim. Que nos ajudem a fazer e não a dizer que nós devemos fazer. O que nós devemos fazer, nós sabemos. Precisamos, sim, de companheirismo, de ajuda, finalizou.
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