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CPI da Chapecoense: Jorginho Mello informa avanço nas negociações com seguradora
O presidente da CPI que trata do acidente aéreo com o time da Chapecoense, senador Jorginho Mello (PL), informou nesta quarta-feira (6) que houve u...
06/07/2022 22h00
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Senado
O senador Jorginho Mello reuniu-se, em Londres, com representantes da seguradora Tokio Marine Kiln - Divulgação / Assessoria de Imprensa Jorginho Mello

O presidente da CPI que trata do acidente aéreo com o time da Chapecoense, senador Jorginho Mello (PL), informou nesta quarta-feira (6) que houve um avanço nas negociações com a seguradora Tokio Marine Kiln. De acordo com o parlamentar, que está em Londres participando de reuniões com o grupo, houve um compromisso da operadora em aumentar de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões o valor do Fundo Humanitário criado para indenizar as 71 famílias das vítimas da tragédia que ocorreu em 2016, na Colômbia. A Embaixada Brasileira também participou das tratativas.

Todas as informações devem ser apresentadas à CPI, em reunião prevista para próxima segunda-feira (11), às 14h. Essa é a data para o encerramento das atividades do colegiado. 

Segundo Jorginho Mello, deve haver uma nova rodada de negociação entre a seguradora e as famílias, havendo a possibilidade de o montante chegar a US$ 30 milhões. Ainda de acordo com ele, após a nova etapa de negociação, não haverá mais necessidade de que haja a concordância de todas as famílias para se ter direito ao valor proposto. O senador esclareceu ainda que aqueles que já receberam o valor inicial terão direito a diferença por conta da atualização do valor do fundo.

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 — Nada irá trazer esses guerreiros de volta. Mas é uma notícia que acalenta um pouco o coração das famílias. É inadmissível que essa indenização tenha demorado tanto para ocorrer. Por isso fiz questão de vir à Londres e buscar este acordo. Considero uma missão exitosa e volto para o Brasil realizado  — disse o senador. 

Negociação 

Em fevereiro de 2017, a Tokio Marine criou um Fundo Humanitário para formalizar acordo indenizatório com os familiares das vítimas da tragédia. Na primeira negociação, foi oferecido o valor de US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão) e nenhuma família aceitou. Meses depois, o valor passou a ser de US$ 225 mil (R$ 1,2 milhão), quando cerca de 24 famílias aceitaram o acordo. Em troca, elas assinaram um termo de quitação que impediria qualquer ação na Justiça contra a companhia aérea LaMia e a Bisa (seguradora). 

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Com essa nova proposta apresentada pela seguradora, as 24 famílias que já receberam US$ 225 mil dólares vão receber a mais US$ 138 mil, aproximadamente R$ 749 mil. Já as outras 47 famílias que não formalizaram acordo e que queiram agora receber o valor total devem ter acesso a US$ 363 mil, algo em torno de R$ 1.971 milhões.

Na semana passada a CPI realizou reunião para colher os depoimentos de Brad Irick, CEO da seguradora Tokio Marine Kiln, e Simon Kaye, corretor de seguros da AON, do Reino Unido. Residentes no exterior, ambos alegaram questões jurídicas para justificar a impossibilidade de depor, mas a ausência gerou crítica dos membros da Comissão. 

Na ocasião, Jorginho Mello chegou a afirmar que iria até Londres para ouvir os representantes das duas empresas. 

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