Preocupada com a liberação de novos agrotóxicos ou fitossanitários, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN) pediu, em pronunciamento nesta quinta-feira (7), que o projeto de lei que revoga a atual Lei dos Agrotóxicos e flexibiliza as regras de aprovação e comercialização desses produtos químicos (PL 1.459/2022), que tramita exclusivamente na Comissão de Agricultura (CRA), possa, pela importância do tema, tramitar também pelas Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos (CDH).
Se o projeto for aprovado, a liberação dos produtos não precisará passar pelo controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esclareceu a senadora. Ela argumentou que o tema deve ser mais bem debatido e levado ao conhecimento da sociedade para informar sobre a realidade dos efeitos e consequências que virão de uma maior liberação de mais venenos, com a possibilidade, inclusive, de contaminar ainda mais a população, além de causar sérios danos ambientais, como poluição de rios e contaminação de peixes.
— Como não discutir algo tão grave, votar algo tão grave não só para a nossa geração, mas para a geração dos nossos filhos e netos? Eu sei que o agronegócio diz que quer reduzir a burocracia. Gente, em menos de quatro anos com a Anvisa já foram aprovados 1,68 mil novos agrotóxicos! O Brasil precisa ter esse olhar. Os agrotóxicos, para aqueles que dizem que defendem a família, são teratogênicos: eles já atingem o feto na barriga da mãe. Os agrotóxicos estão envolvidos em várias neoplasias [cânceres]. Para o nosso agro crescer, não há necessidade de se envenenar cada vez mais o povo brasileiro — afirmou.
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