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Saúde de Palmas trata de pacientes com síndrome de Guillain-Barré

Pacientes que necessitam de tratamento fisioterápico podem ser reabilitados.

07/07/2022 às 19h51
Por: Alex Paulo Guimarães Fonte: Agência Palmas
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Divulgação/Assessoria
Divulgação/Assessoria

Pacientes em Palmas que necessitam de tratamento fisioterápico podem ser reabilitados. O cabeleireiro Geraldo Pereira de Oliveira, de 59 anos, é uma dessas pessoas. Portador da síndrome de Guillan-Barré, distúrbio que ataca o sistema nervoso e afeta de um a cinco pessoas a cada 100 mil pacientes, ele e mais outro usuário são atendidos no Centro de Atenção Especializada à Saúde Francisca Romana Chaves, na Arno 31 (303 Norte), unidade especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus).

Oliveira conta que, em uma terça-feira de dezembro de 2021, acordou sem sentir um dos braços, após um dia normal de trabalho no salão em que atendia na região norte de Palmas. “Talvez eu dormi por cima”, pensou. Na quarta-feira, ele notou que não só um, mas os dois braços estavam dormentes e sem força. O que parecia ser algo simples, se tratava de uma doença rara: a síndrome de Guillain-Barré, que o fez perder toda a mobilidade. Hoje, sete meses depois e passado o susto, o paciente recebe tratamento de fisioterapia no Centro.

Naquele mesmo dia, o cabeleireiro teve que ir às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, onde foi encaminhado rapidamente para o Hospital Geral de Palmas (HGP), tendo como suspeita um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Perdi o movimento das pernas, dos braços e de parte da face. Não andava e não falava. Cheguei a ficar cinco noites sem conseguir fechar um dos olhos. Foi assustador.”

Após dois meses, internado, com estadia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e muitos exames depois, o diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré foi fechado para o cabeleireiro. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a síndrome é um distúrbio autoimune, no qual o sistema imunológico ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.

De acordo com o MS, a síndrome é provocada por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. Várias infecções têm sido associadas à doença, inclusive as arboviroses causadas pelo mosquito Aedes aegypti e a Covid-16, caso de Oliveira, que contraiu coronavírus meses antes do diagnóstico para Guillain-Barré.

Tratamento

Após a alta hospitalar e ainda sem caminhar, Oliveira passou a ser acompanhado pela Unidade de Saúde da Família (USF) da Arno 44 (409 Norte), que o encaminhou, via regulação da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), ao Centro de Atenção Especializada à Saúde Francisca Romana Chaves, onde faz tratamento duas vezes por semana com a fisioterapeuta Suzely Alves Cavalcante, que o acompanha há quatro meses.

Sempre junto do cunhado Clalmir Miranda Dias, de 42 anos, o paciente é buscado em casa por ambulância regulada pelo setor de transporte da Semus, que o leva até o Centro de Especialidades. “Fiz tratamento de fisioterapia antes de vir pra cá. Quando cheguei aqui, eu só sentava. Hoje consigo levantar e sentar sozinho. Cada vez que venho aqui vejo uma melhora. Sempre tento me esforçar, mesmo que sozinho, para que meus movimentos retornem logo. Todos os fisioterapeutas são sensacionais. É um momento de alegria quando venho aqui”, conta.

A fisioterapeuta Suzely explica que na unidade do cabelereiro tem feito a hidroginástica e outras atividades de reabilitação em solo. Ela destaca que as atividades na água têm trazido uma melhora considerável ao quadro do paciente, que tem um bom prognóstico. “As propriedades da água ajudam o seu Geraldo a se movimentar aos poucos, fazendo com que ele ganhe equilíbrio, força e coordenação motora. Também o auxiliamos com exercícios assistidos aqui e outros que ele possa fazer sozinho em casa. Percebemos que ele evoluiu muito ao longo das semanas. A esperança é que ele consiga voltar a fazer suas atividades ao longo do tratamento e ganhe o máximo de independência”.

Acesso

Para acessar o serviço em ambas as unidades, a porta de entrada é a Atenção Básica, nas Unidades de Saúde da Família (USFs), por meio de consulta com o clínico geral, que encaminhará o paciente, caso necessário, para a fila de espera do acesso à reabilitação.

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