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Rodovia recebe nome em homenagem ao ex-presidente João Goulart
Foi promulgada na sexta-feira (8) a Lei 14.396, de 2022, que denomina Rodovia Presidente João Goulart o trecho rodoviário da BR-153, compreendido e...
11/07/2022 13h50
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Senado
Jango governou o Brasil de 1961 a 1964, quando foi destituído por golpe militar - PDT

Foi promulgada na sexta-feira (8) a Lei 14.396, de 2022, que denomina Rodovia Presidente João Goulart o trecho rodoviário da BR-153, compreendido entre as cidades de Cachoeira do Sul (RS) e Marabá (PA).

O projeto que deu origem à lei (PLS 503/2011), do ex-senador Aloysio Nunes Ferreira, foi vetado integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro. Mas o veto foi derrubado por senadores e deputados na última sessão do Congresso, na terça-feira (5).

A decisão foi estabelecida por acordo entre os líderes partidários e o líder do governo, o senador Eduardo Gomes (PL-TO), para superar a pauta de vetos pendentes de votação. 

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O PLS 503/2011 foi aprovado pelo Senado em 2012 e pela Câmara em setembro de 2020. 

Jango, como era popularmente conhecido, foi presidente da República de 1961 a 1964, quando foi destituído por um golpe militar.

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"O presidente João Goulart talvez seja um dos personagens mais injustiçados de nossa história recente", afirma Aloysio Nunes na justificativa do projeto.

Motivos do veto

Em justificativa ao veto, o presidente da República alegou que "tal medida é inoportuna por não considerar as especificidades e as peculiaridades de cada estado", pois "homenagear apenas uma figura histórica poderia representar descompasso com os anseios e as expectativas da população de cada unidade federativa abrangida pela rodovia".

O Executivo também argumentou que as homenagens a personalidades da história do país devem ser feitas em âmbito nacional e não "inspiradas por práticas dissonantes das ambições de um Estado democrático", sem especificar a que práticas se refere.

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Herdeiro político de Getúlio Vargas, João Goulart (1918-1976) foi eleito vice-presidente duas vezes, em 1955 e 1960, pelo voto popular. Governou o Brasil de 1961 a 1964, tendo assumido o governo em razão da renúncia de Jânio Quadros (1917-1992), e em meio a uma crise institucional que levou à adoção do sistema parlamentarista. Em 1963, o presidencialismo foi restabelecido por plebiscito e Jango passou a governar com plenos poderes, até ser derrubado em 1964. Ele se exilou no Uruguai, onde morreu.

Por Raíssa Portela, sob supervisão de Sheyla Assunção