Foi sancionada na quarta-feira (20) a Lei 14.418, de 2022, que declara Maria Lenk (1915-2007) como a Patrona da Natação Brasileira. A atleta nadou 11 mundiais no master e conquistou 54 medalhas, sendo 37 de ouro.
O projeto que deu origem à lei foi o PL 1743/2019, do deputado Chico D'Angelo (PDT-RJ). O texto foi aprovado em junho pela Comissão de Educação (CE), com parecer favorável do senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Na justificativa, o relator afirma que "Maria Lenk foi a maior nadadora brasileira de todos os tempos, sendo a única representante brasileira a ter seu nome no Swimming Hall of Fame (salão da fama dedicado a esportistas), em Fort Lauderdale (EUA). [...] "É reconhecida mundialmente como uma pioneira da natação moderna, por ter sido a primeira mulher a usar o nado borboleta nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim, numa prova de peito".
O senador lembrou também que a nadadora recebeu, em 2000, a Ordem Olímpica, honraria concedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) aos maiores atletas de todos os tempos. Maria Lenk jamais parou de competir, batendo diversos recordes mundiais na categoria Master. Entre eles, três na categoria de 90 a 94 anos e três na de 85 a 89 anos.
"Declarar Maria Lenk Patrona da Natação Brasileira será uma medida de justiça em relação à relevância de seus feitos paradigmáticos para o esporte nacional e mundial e promoverá a instituição de um símbolo para as futuras gerações de brasileiros, que certamente nela se inspirarão", conclui Portinho no relatório.
Maria Lenk esteve no Top 10 Masters por 20 anos, até a morte em 2007, aos 92 anos. Morreu enquanto nadava na piscina do Flamengo, no Rio de Janeiro, local onde sempre treinou, quando sofreu uma parada cardíaca.
Por Raíssa Portela, sob supervisão de Sheyla Assunção
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