Pessoas com 30 anos ou mais do município do Rio de Janeiro começarão a receber a segunda dose de reforço das vacinas contra covid-19 a partir de amanhã (23). O anúncio foi feito hoje (22) pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, em suas redes sociais.
A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é que as pessoas recebam a segunda dose de reforço quatro meses depois da primeira, o que garante aumento da imunidade contra o SARS-CoV-2.
A inclusão das pessoas com 30 anos ou mais no calendário da segunda dose de reforço acontece na mesma semana em que as pessoas com 35 anos ou mais, anunciada na última terça-feira (19). Apesar da disponibilidade de vacinas, a população com 30 a 39 anos ainda tem um grande contingente com esquema incompleto. Chega a 83 mil o número de pessoas dessa faixa etária que tomou apenas a primeira dose e 392 mil receberam a segunda dose ou dose única e não voltaram aos postos para a primeira dose de reforço.
A vacina contra a covid-19 também chegou recentemente às crianças de 4 anos ou mais, na semana passada, e às de 3 anos ou mais, nesta semana. Nesse caso, somente a CoronaVac pode ser aplicada, seguindo recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o painel de dados sobre covid-19 da Prefeitura do Rio, mais de 18 mil crianças nessa faixa etária foram vacinadas e 144 mil não foram levadas por seus responsáveis aos postos.
Para a faixa etária de 5 a 11 anos, a imunização pode ser realizada com a versão pediátrica da vacina da Pfizer ou com a CoronaVac, e 316 mil crianças já receberam duas doses. Por outro lado, mais de 100 mil crianças do Rio não receberam nenhuma dose das vacinas contra covid-19 e 136 mil receberam apenas a primeira.
A cidade do Rio de Janeiro conta com uma cobertura vacinal de 88,8% da população com duas doses ou dose única, e 56,8% com a primeira dose de reforço. Entre aqueles com 40 anos ou mais, 43,7% já tomaram a segunda dose de reforço.
Ainda que haja melhora do cenário epidemiológico e da queda da letalidade da doença devido à vacinação, o SARS-CoV-2 continua a circular com linhagens da variante Ômicron, que são mais transmissíveis e mais capazes de causar reinfecção.
Segundo o Censo Hospitalar do Rio de Janeiro, a rede pública na Capital tem 91 pessoas internadas com covid-19 nesta sexta-feira, sendo 49 em leitos de unidade de terapia intensiva.