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Machine Learning é opção para empresas tecnológicas
Investimentos em Inteligência Artificial crescem no Brasil e no mundo; especialista explica o que é e como pode ser feito o desenvolvimento e a apl...
22/09/2022 16h50
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
Foto: Reprodução

De forma conjunta, as empresas do país devem investir US$ 504 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) em IA (Inteligência Artificial) até dezembro de 2022. O investimento no sistema - composto por hardware e software que permite que máquinas e dispositivos aprendam com seu funcionamento e passem a executar tarefas baseados na experiência adquirida - representa um avanço de 28% em relação ao último ano, conforme dados de uma projeção da consultoria de tecnologia IDC compartilhada pela CNN Brasil.

O interesse por IA vem em uma crescente em todo o mundo. Dados do “2022 AI Index Annual Report”, publicado pelo Stanford Institute for Human-Centered Artificial Intelligence (HAI), mostram que os investimentos privados no sistema mais do que dobraram de 2020 para 2021 e chegam a US$ 95 bilhões (R$ 491,40 bilhões).

Roberto Faria Maffra, engenheiro de ML (Machine Learning, na sigla em inglês - Engenharia de Aprendizado de Máquina, em português), afirma que, apesar da ampla adesão à IA, ainda há uma série de dúvidas com relação à ML e de que maneira pode ser feito seu desenvolvimento e aplicação nas grandes empresas tecnológicas do país.

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Ele explica que a engenharia ML é uma tecnologia que ajuda uma empresa a obter insights de dados brutos de maneira eficaz. “O aprendizado de máquina, especificamente algoritmos de aprendizado de máquina, pode ser usado para aprender interativamente a respeito de um determinado conjunto de dados, entender padrões e comportamentos, entre outros, com pouca ou nenhuma programação”, diz ele.

De acordo com Maffra, a natureza interativa e em evolução acelerada, da engenharia de aprendizado de máquina, mantém uma empresa atualizada e pronta para o mercado e suas  demandas. “Hoje, é mais fácil do que nunca criar ou integrar ML aos processos de negócios existentes, pois os principais provedores de nuvem oferecem plataformas de ML”.

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Na análise do especialista, os aplicativos emergentes de ML/IA prometem remodelar a saúde, a agricultura e a democracia no Brasil e no mundo em desenvolvimento. Para ele, a Engenharia de ML e IA apresentam potencial para ajudar a alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável a nível nacional e global.

“Eles [aplicativos emergentes de ML/IA] podem melhorar a eficiência, automatizando tarefas que exigem muito trabalho, além de oferecer novos insights ao encontrar padrões em conjuntos de dados grandes e complexos”, afirma.

Tecnologia impulsiona demanda por ML 

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Maffra destaca que a demanda de ML tende a aumentar em um futuro a médio e longo prazo. Isso porque, no mundo da tecnologia, os limites do aprendizado de máquina estão sendo constantemente “ampliados”.

“A complexidade dos modelos de aprendizado de máquina e engenharia de sistemas aumentou à medida que mais aplicativos exigem inferências em tempo real ou quase em tempo real”, articula.

Ao mesmo tempo, prossegue, as chamadas ferramentas de aprendizado de máquina prontas para uso tornaram-se mais disponíveis no local de trabalho. “Ambas as dinâmicas estão impulsionando a demanda por engenheiros de aprendizado de máquina”, afirma.

A título de exemplo, o engenheiro de ML observa que hoje, no mundo, o Google é a empresa que mais utiliza e é a mais avançada quanto a engenharia de ML, pois adquire startups e as desenvolve de forma completa. Exemplo seguido por diversas empresas, como IBM, Apple, SalesForce, Netflix e American Express.

Recentemente, o Google demitiu o engenheiro Blake Lemoine que afirmou que o LaMDA, software de IA da empresa, tem sentimentos comparáveis aos de uma criança de oito anos.