As fintechs estão cada vez mais ganhando espaço no segmento de crédito. A adesão aos meios digitais pelos consumidores, além da evolução do open finance, impulsionou o segmento das fintechs de crédito, mesmo em tempos de pandemia: R$ 12,7 bilhões foram concedidos pelas fintechs de créditos em 2021, de acordo com a 2ª edição da Pesquisa Fintechs de Crédito Digital, realizada em parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a PwC Brasil. O volume é quase o dobro do registrado no ano anterior (R$ 6,5 bilhões) e quase cinco vezes superior ao anotado em 2019, que foi de pouco mais de R$ 2,6 bilhões.
A pesquisa aponta que as fintechs analisadas registraram expansão média anual de 233% em sua carteira no ano passado. Em 2020, a alta havia sido de 84%. Apenas no primeiro semestre de 2022, o Kalea teve, por exemplo, um volume de propostas de crédito 255% maior que todo o ano de 2021. “À medida que as fintechs se consolidam conectando empresas e instituições financeiras, a expectativa é de que este crescimento seja ainda maior a cada ano”, analisa o empresário Luiz Falbo Di Cavalcanti, CEO do Kalea.
A rapidez na resposta ao cliente, em um processo fácil e sem burocracia, segue como um dos grandes diferenciais das fintechs de crédito. “Na prática, todo o processo entre a empresa e o fornecedor do crédito é automatizado, digitalizado e facilitado utilizando inteligência artificial e possibilitando um empréstimo online seguro”, analisa Luiz Falbo. “O modelo de atuação da fintech, por exemplo, foi idealizado para ajudar os empreendedores tanto nos momentos de alta quanto de baixa na economia, buscando as melhores opções de crédito do mercado”, explica Luiz Falbo.
Outro fator relevante levado em consideração pelo empresário ao procurar uma fintech são as taxas de juros, cada vez mais altas, principalmente quando se tem na sua atividade como empreendedor a única fonte de renda. “Com os recentes aumentos das taxas de juros, os empresários devem buscar alternativas como o hub de crédito, a partir do qual poderão explorar as possibilidades e potencializar o acesso a um crédito com custos mais baixos e condições mais de acordo com o perfil e necessidades do negócio”, comenta Luiz Falbo.
Quando se fala dos donos de micro e pequenas empresas (MPE), 71% não possuem outra fonte de renda, segundo o Atlas dos Pequenos Negócios do Sebrae, divulgado em julho de 2022. Considerando as 6,6 milhões de MPEs em atividade, a projeção é de que existam 4,7 milhões de empresários nesse perfil que dependem totalmente da renda obtida com a empresa. Reunindo todo o universo dos pequenos negócios (MEI + MPE), o dado revelado pelo Atlas do Sebrae é que, entre os 15,3 milhões de empreendedores em atividade no Brasil, 11,5 milhões têm a sua atividade empresarial como única fonte de renda. “Com as taxas de juros lá em cima, como estão, o pior cenário para o empresário é se ver preso a uma ou duas instituições financeiras, completamente submetido às condições delas. É hora, então, de visualizar outras alternativas”, comenta o empresário Luiz Falbo.
Conceito
O Kalea promove relações entre empresas e o mercado financeiro. Desde que começou a operar, em 2021, já movimentou mais de R$ 70 milhões de propostas de crédito. A empresa atende microempreendedores individuais (MEIs), porém tem seu foco direcionado para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).
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