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Uso de tecnologias faz parte da rotina de mais de 50% das empresas de logística
Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada com transportadoras e organizações que atuam no ramo da logística no Brasil. Especialista da área ex...
28/09/2022 10h05
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
Foto: Reprodução

Pesquisa realizada pela iniciativa Next Log com 114 transportadoras e empresas do ramo logístico mostrou que 56,3% delas utilizam e estão atentas à importância da tecnologia nas suas atividades. Contudo, apesar do valor das soluções tecnológicas estarem na rotina da maior parte das empresas, pelo menos 35% afirmaram que estão atrasadas nesse quesito em relação aos concorrentes e as que utilizam não buscam melhorias constantes.  

O levantamento – denominado Espelho Logístico – revelou também que 8,4% das empresas sabem a importância do uso de tecnologias no negócio, mas não as utilizam. Apenas 0,8% disseram não achar o tema relevante. Quando se trata de investimentos, 77,2% das transportadoras afirmaram investir em soluções tecnológicas e 62,3% dos entrevistados disseram que estão abertas a fazer investimentos nessa área. Esse é o mesmo percentual dos que disseram acreditar que a tecnologia pode resolver problemas enfrentados pelas empresas.

Profissional da área de logística há mais de 15 anos, Diego Gleydson de Mesquita explica que a tecnologia é uma importante aliada no processo de comprar insumos e matérias-primas, produzir e fazer o produto chegar até o consumidor.

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“Devido à grande necessidade de ter cada vez mais os processos industriais, logísticos e supply chain integrados e eficazes, há uma crescente busca e necessidade por automação das operações, sendo necessária a utilização da inteligência artificial, GPS, ferramentas de rastreio, mobile phones e smart devices”, explica, já indicando algumas das principais aplicações tecnológicas utilizadas no setor de logística e cadeia de suprimentos. 

Mesquita ressalta que dispositivos tecnológicos como drones, coletores de dados, smartphones e tablets são utilizados para otimizar demandas que até pouco tempo atrás eram realizadas manualmente, exigindo mais horas de trabalho para sua finalização.

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“Hoje esses dispositivos estão cada vez mais indispensáveis para o aumento da produtividade e qualidade no atendimento das operações de logística e cadeia de suprimentos. Toda empresa que quer reduzir os custos operacionais, e se manter competitiva no mercado, deve dar atenção redobrada a essas tendências”, ressalta.

Como exemplo dos avanços tecnológicos dos quais o setor tem se apropriado, ele cita uma grande rede americana de vendas de produtos variados que acabou com as filas do caixa dando autonomia aos clientes.

 “O cliente cadastra o cartão de crédito ou débito no aplicativo da loja e, ao tirar o produto da gôndola, automaticamente a mercadoria é retirada virtualmente do estoque e o valor é cobrado no cartão do cliente. E se o item for devolvido, o valor é estornado”, comenta.

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A tecnologia como aliada das vendas on-line

Com o aumento das vendas pela internet, as empresas passaram a investir também em processos logísticos mais modernos para garantir o atendimento da demanda. De acordo com a última edição da pesquisa TIC Empresas, divulgada no último dia 21 de setembro, pelo menos 73% das organizações – de pequeno, médio e grande porte – pesquisadas comercializaram produtos ou serviços on-line entre 2019 e 2021. Entre as empresas de pequeno porte, as vendas pela internet aumentaram de 57% para 74% durante o período. Entre as empresas de médio porte, a porcentagem subiu de 58% para 67%. Já entre as empresas de grande porte, o aumento saiu de 52% para 68%.

 O levantamento mostrou também que as empresas que se beneficiaram do comércio on-line usaram como principais canais venda aplicativos de mensagens, como o WhatsApp (78%). Este canal foi o mais usado por pequenas empresas (80%). Entre as grandes, o aplicativo foi usado em menor proporção (54%), com preferência por e-mail (71%) e o website da empresa (55%). No que se refere ao modelo de pagamento, o Pix foi o mais utilizado pelas empresas (82%). Entre as pequenas empresas, esse percentual foi de 83%.

Diego Mesquita confirma que ferramentas tecnológicas têm possibilitado o atendimento das expectativas dos clientes, com prazos de entrega respeitados e dando ao comprador a chance de acompanhar o transporte do produto.

“Por meio do rastreio das cargas podemos saber remotamente onde está a mercadoria, assim como nossos clientes podem verificar essa informação a hora que quiserem. Assim, a entrega passa ter mais credibilidade e confiança, especialmente no que se refere ao prazo de entrega.  Em relação à automação, esta agiliza demais todos os processos logísticos, pois conectada à inteligência artificial, conduz as atividades com mais rapidez e praticidade”, conclui ele.